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Muito dinheiro para pouco resultado; Governo Federal investiu em 2011, mais de 6 milhões em áreas indígenas

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Dados do Ministério da Saúde revelam que o Governo Federal repassou em 2011, R$ 6,4 milhões, para o atendimento de mais de oito mil índios na região do Alto Purus. O dinheiro seria para investimentos no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus, que compreende o sudeste do estado do Acre, o Noroeste de Rondônia e parte do sudoeste do Amazonas, os mesmos locais onde 13 crianças indígenas morreram com sintomas de Doença Diarreica Aguda (DDA).


 

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A intenção dos gestores federais seria proporcionar atividades técnicas e administrativas visando à prevenção de doenças, além da execução de ações de saneamento ambiental em terras indígenas, para evitar a proliferação de surtos, como o que vitimou as crianças indígenas no mês de dezembro do ano passado e janeiro de 2012, mas d e acordo com informações de pessoas das localidades, os programas de saúde não teriam sido executados.


 


O próprio Ministério da Saúde informou que nos últimos dias cerca de 150 filtros de barro teriam sido distribuídos para consumo de água às famílias das aldeias com incidência da doença, num sinal evidente da ineficácia dos investimentos de 2011. Em várias cidades do interior a situação das comunidades indígenas chega a ser degradante, com crianças mendigando se prostituindo sem receber a devida atenção das autoridades.


Com o surgimento dos casos de DDA, as autoridades federais voltaram à atenção para a problemática do índio no Acre. Durante a administração do ex-governador Binho Marque (PT), foi anunciado que o Governo do Acre destinaria R$ 22 milhões para as comunidades indígenas. O projeto desenvolvido pelo governo seria para levar saúde e qualidade vida as aldeias. O lançamento foi feitos com festa, mas os gestores não prestaram contas das ações.


 


No município de Sena Madureira, muitos índios passaram a residir nos barrancos e praças da cidade se tornando manchete de vários órgãos de comunicação do Estado. Os casos se repetiram nos demais municípios do Alto Purus. Os questionamentos surgiram e até o Poder Legislativo Estadual realizou audiências públicas para tentar chegar a uma solução da questão que se arrasta até o momento.


 


Segundo o MS, a equipe do DSEI possui 392 profissionais. Desse total, no polo de Santa Rosa do Purus, a equipe multidisciplinar é formada por um médico, três enfermeiros, quatro técnicos de enfermagem, 13 agentes indígenas de saneamento ambiental e 25 agentes indígenas de saúde, que prestam atendimento nas 46 aldeias e 3.000 indígenas.


 


Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmailcom

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