Crianças indígenas no Acre estão morrendo com vômito e diarréia aguda

Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com

O Ministério da Saúde (MS) instaurou investigação para apurar a causa dos óbitos de crianças indígenas no município de Santa Rosa do Purus. As mortes teriam ocorridas no mês de dezembro de 2011 e, no início de 2012, por diarréia aguda e vomito.

Segundo o MS, até o momento, não foi confirmado se as mortes teriam sido causadas por rotavírus. Dados preliminares das investigações mostram que no período de 1º a 18/01/12 foram notificados pelas equipes de saúde indígena 70 crianças com os mesmos sintomas.

Predominantes nas comunidades indígenas os sintomas de febre alta, vômito e diarréia. O MS afirma eu as crianças receberam atendimento e tratamento sintomático, com reidratação oral. Das 70 notificações, três evoluíram para óbito.

Em Santa Rosa, duas crianças precisaram ser removidas para o centro de referência por apresentarem quadro grave de desidratação e continuam internadas. Na investigação epidemiológica foram identificados outros oito óbitos de crianças no mês de dezembro.

As causas das mortes ainda estão sendo esclarecidas e, segundo os médicos não é possível afirmar no momento se estão relacionadas. No total, foram registradas 11 mortes de crianças. Nove crianças teriam falecido por Doença Diarréia Aguda (DDA).

Os casos suspeitos estão concentrados em 20 das 46 aldeias que existem na região. As comunidades fazer parte do município de Santa Rosa do Purus. As aldeias teriam aproximadamente três mil indígenas. O local é de fronteira e de difícil acesso.

Equipes de saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus, em parceria com as secretarias de saúde de Santa Rosa dos Purus e do Estado do Acre, além do Exército na fronteira, estão fazendo busca ativa dos casos em todas as 46 aldeias da região.

Os casos suspeitos são orientados pelas equipes do Ministério da Saúde, a iniciar a hidratação oral imediatamente. Os casos graves de desidratação e desnutrição estão sendo removidos paras centros de saúde em cidades com maior capacidade para atender os casos.