Luciano Tavares,
da redação de ac24horas
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Bastou uma tarde de chuva para que ficassem evidentes os sérios problemas do quase inexistente sistema de esgoto de Rio Branco.
Ruas alagadas e esgotos transbordando são alguns dos resultados da falta de infraestrutura urbana, com esgotamento sanitário.
Alagamento de ruas não é problema só para bairros como Boa União ou João Paulo. Na região próxima ao centro cidade, na via de acesso ao Laboratório Central (Lacen) e ao Hemoacre não é preciso muita chuva para que parte da rua fique tomada pela água.
O alagamento dificulta a passagem de veículos, sobretudo, motos. “É muito complicado passar por aqui desse jeito. Tem que levantar a perna se não a gente se molha todo”, diz um motoqueiro. Acumulada, a água invadiu o estacionamento do Hemoracre.
Se numa região privilegiada, quase central, a situação é essa, imagine a periferia em dia de chuva.
A rede de esgoto do Parque Vale do Açaí, por exemplo, transbordou, na Rua Angico. Prova de uma obra mal feita.
O parque abrange os bairros Eldorado, Vitória e Chico Mendes, e foi inaugurado em dezembro de 2010, pelo então governador Binho Marques, mas está completamente abandonado pelo público.
“Quando chove isso aqui vira uma cachoeira como você tá vendo aí. O quintal da gente alaga. Aqui já tem um monte de gente com dengue. Isso é um absurdo, essa água podre contaminando tudo aqui”, diz Israel Carvalho, morador no bairro Eldorado.
“Isso aqui acontece toda vez que chove e não adianta fazer filmagem que eles não vêm aqui não”, diz sem esperança a domestica Railda Olinda.