Luciano Tavares,
da redação de ac24horas
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A Fundação Hospital do Acre teve o nome mudado para Hospital das Clínicas. A estrutura física é nova, mas as deficiências são antigas, não mudaram: atendimento ruim, falta de médico e equipamento quebrado.
Que o diga o aposentado Manoel Barbosa de Oliveira, 62 anos, que há oito meses tenta um fazer um exame de endoscopia, mas não consegue, porque o aparelho endoscópico está quebrado.
Manoel Barbosa sofre de gastrite, mas desconfia que possua problemas intestinais. Ele diz que não sabe mais a quem recorrer para fazer o exame.
“Eu quero saber como eu vou correr atrás da minha saúde, porque não tem como achar. Se fosse a gente que comprasse, uma dose de saúde, era até bom”, diz o idoso ao acrescentar emocionado que se arrasa a cada dia que se passa, devido a problemas de saúde não solucionados.
Casos diferentes, mas também relacionados à saúde pública vivenciam Carmem Maciel de Lima, moradora no Bairro Judia, e Marineide Conceição de Oliveira, do bairro Airton Sena, que foram a Fundação Hospital, nesta quarta-feira, em busca de atendimento com um ginecologista, mas não foram atendidas, segundo elas, devido a ausência do médico, que trabalha no setor.
“Cheguei aqui as cinco horas da manhã”, diz Carmen, que está no terceiro mês de gravidez e precisou fazer um exame.
Os dois casos, o do idoso e da grávida chocam, porque se trata de pessoas que deveriam ser priorizadas pelo serviço público de saúde, porém não é o que ocorre.
O Diretor do Hospital das Clínicas, doutor Suzuki Yotaro disse que o aparelho de endoscopia foi concertado há cerca de vinte dias e que a direção está atendendo as pessoas que ficaram na fila de espera, enquanto o equipamento estava quebrado.
Sobre o atendimento na área de ginecologia, doutor Suzuki disse que vai ser informar sobre o caso.