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Dilma constrói ponte Rondônia/Amazonas e projeto que tiraria o Acre do isolamento não sai do papel

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
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Enquanto a ponte que liga Rondônia ao Amazonas está em fase de conclusão, o projeto de construção da ponte sobre o Rio Madeira, que atenderia aos anseios da população do Acre, sequer saiu do papel. As duas pontes estavam previstas no cronograma de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mas apenas a que atende a população dos estados do Amazonas e Rondônia teve a ordem de serviço assinada.


A BR-364 é a única ligação terrestre do Acre com o resto do País, a travessia do Rio Madeira é o grande obstáculo para a economia do Estado. A construção da ponte tiraria em definitivo a população acriana do isolamento, mas o suposto lobby do deputado federal Roberto Dorner (PP-MT), dono das balsas que fazem a travessia dos veículos no Distrito do Abunã, vem emperrando o início das obras.

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Em estado adiantado, a ponte na BR-319, com 966,33 metros de comprimento por 13,40 metros de largura vai ligar Porto Velho à Manaus, no estado do Amazonas e deverá ser inaugurado ainda em 2012. Já a ponte da BR-364, no Distrito de Abunã, que de acordo com o projeto do Governo Federal teria 1.098 metros de comprimento por 12 metros de largura, sentido Rio Branco teria sido licitada, mas não existe previsão para o início das obras.



Em 2008, o então senador e atual deputado federal, Sibá Machado (PT), chegou a afirmar que o dinheiro para a construção da ponte que tiraria o Acre da dependência das balsas, já estaria alocado no Plano Plurianual de Investimentos (PPA). Atualmente, os senadores Jorge Viana e Aníbal Diniz, do PT, vez por outra divulgam releases sobre o assunto, mas sem nenhum tipo de fato concreto, sobre o início das obras.


A licitação para a construção da ponte na BR-364, em Abunã, foi vencida pela Andrade Gutierrez, mas não existe nenhum sinal de instalação de canteiros de obras no local da travessia em direção ao Acre. O prazo para a conclusão da ponte seria de três anos. Nos estados de Rondônia e Amazonas, as obras seguem a todo vapor. A construção tocada pela Mendes Júnior deveria ser entregue no mesmo período que a ponte da BR-364.


O que os acrianos questionam é quando o Estado vai ter o sonho de ligação com o resto dos estados concretizado? Enquanto Tião Viana distribui mudas de coco e ovelhas, os estados vizinhos se ocupam em dotar suas cidades de infraestrutura. O mesmo acontece no Senado. Jorge Viana e Aníbal Diniz travam uma verdadeira batalha para manter um horário que só beneficia uma emissora de TV, deixando de reivindicar o fim do isolamento do Acre.


PETISTAS DO ACRE DESPRESTIGIADOS


Os petistas do Acre continuam com o discurso de união com a presidente Dilma Rousseff (PT), mas visivelmente desprestigiados em nível federal. Enquanto o governador do Amazonas, Omar Aziz (PMN) e Confúcio Moura (PMDB), de Rondônia tiveram canteiros de obras de duas pontes visitados por Rousseff, o alto clero do PT, do Acre, que faz apelos constantes pelo início das obras da ponte na BR-364 – ainda não foi atendido.


A propalada ligação do Brasil com o Pacífico, que em outros tempos fez parte das peças publicitárias das administrações petistas do Acre, passam a ser empunhadas pelo Amazonas. A construção da ponte de ligação de Rondônia ao Amazonas é vista pelos políticos dos dois estados, como a oportunidade de se estabelecer uma nova rota de exportação e importação para o Caribe. Nesta visão, o Acre seria rifado do tão sonhado caminho para o Pacífico.


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