Estacionamento cedido ao Educandário Santa Margarida é interditado e no bairro 06 de Agosto, moradores são atingidos pelas águas do Igarapé Judia
Com 13,73 metros o Rio Acre invadiu o estacionamento do governo em frente ao Mercado dos Colonos e parte Rua Barbosa Lima, no bairro da Base.
Moradores da região reclamam que o alagamento de parte do acesso poderia ser evitado se o governo não tivesse rebaixado o nível da rua alagada.
“Tiraram o barro da esquina e colocaram aqui para aumentar o nível e construir essas calçadas”, informa seu José da Costa Guimarães, se referindo as obras da encosta do bairro da Base, que estão suspensas devido à cheia do Rio Acre.
“Antigamente a água demorava mais a chegar à rua, mas depois desse serviço rapidinho enche”, diz a aposentada Maria Lucelene de Assis, de 72 anos.
Os moradores aproveitaram ainda para reclamar que apesar de urbanizada a rua, a Secretaria Estadual de Obras se esqueceu de colocar tampas nas caixas de esgoto. “Outro dia caiu uma menina aqui”, informa seu José Guimarães.
Já o estacionamento do governo cedido ao Educandário Santa Margarida foi interditado e só deve voltar a ser usado depois que as águas do rio baixarem.
Moradores do Terminal da 06 de Agosto são atingidos por cheia do Igarapé Judia
Maria Lúcia de Nazaré teve que sair às presas de dentro de casa, depois que viu a água invadindo sua residência. Graças à ajuda do Irmão, ela conseguiu tirar seus móveis a tempo.
Maria reside no bairro 06 de Agosto e é uma das atingidas com a subida repentina do igarapé Judia, um dos afluentes do Rio Acre. “Ainda bem que meu irmão mora aqui perto senão eu não ia conseguir tirar as minhas coisas de dentro de casa. Eu ia perder tudo, né”, conta à moradora que pela décima vez passa pela mesma situação; o alagamento de sua casa.
A ponte de madeira na Travessa Antonieta, no ramal da Judia está completamente debaixo d’água. Os moradores se arriscam em atravessá-la, o que não é muito aconselhável, já que o acesso pode ser levado a qualquer momento pela correnteza do igarapé.
Igreja, bares e várias residências estão debaixo d’água. “Rapaz foi muito rápido. Quando eu acordei a água já estava dentro de casa”, conta vigia Samuel Oliveira.