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Moradores se recusam a deixar áreas alagadas com medo de casas serem saqueadas por “Piratas” durante a noite

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Além dos transtornos causados pelas águas, moradores de áreas alagadiças de Rio Branco começam a enfrentar a ação de piratas do alagamento. As pessoas estão se recusando a deixar as casas tomadas pela enchente com medo de terem as casas saqueadas pelos criminosos.


Próximo a Quarta Ponte, as famílias não querem deixa as casas com medo de saques e, de não poder retornar ao local, depois da enchente. A moradora Francisca Paiva, 46, informou que a casa de um vizinho teria sido arrombada e toda fiação de energia teria sido roubada.

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“Não queremos sair de nossas casas. Sabemos que podemos não retornar quando as águas baixarem. Outra questão são os arrombamentos das casas. Algumas pessoas saíram e tiveram fios de energia, telhas e madeira roubadas. Não podemos perder o pouco que temos”, diz Francisca.


Dono de um pequeno comércio, numa casa de madeira de dois pisos, Antônio Brandão, 48, conta com uma canoa para deixa a residência. O térreo da casa está tomado por quase um metro de água, mas ela prefere permanecer e esperar a água baixar.


“Tudo que tenho está aqui. Sei que se eu sair os bandidos leva até a madeira da casa. Também tenho medo de perder meu local de trabalho. A prefeitura quer tirar as pessoas e levar para locais alugados, mas como vou trabalhar? Moro e trabalho neste local”, enfatiza Antônio.


A casa Jorge Meireles, 36, já está com o primeiro 20 centímetros de água em cima do piso, mas ele também não pretende sair do local. Ele colocou móveis e pertences em andaimes improvisados, onde passa a noite.


“Não vou sair, porque tenho medo de saques. Quando tem enchentes e a gente sai de casa, temos que reconstruir tudo. A ajuda que temos é apenas de transporte e um local seco, quando voltamos temos que comprar fios e louça sanitária”, afirma Meireles.


Além da ação dos piratas do alagamento, os moradores não querem sair temendo que a prefeitura de Rio Branco, não permita a reocupação da área que está envolvida em um litígio. As autoridades municipais querem retirar os populares, mas a contrapartida seria apenas o pagamento de aluguel social.


Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com



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