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Crise humanitária poderá se instalar no município de Brasiléia

Por
Roberto Vaz

 
Ray Melo,
da redação de ac24horas
raymelo.ac@gmail.com
 
Centenas de haitianos que entram diariamente no Brasil pelos municípios de fronteira do Acre poderão gerar uma crise humanitária. Sem uma sinalização de ajuda do governo federal, as autoridades estaduais e municipais se esforçam para manter a alimentação de mais de 400 refugiados que chegaram ao Estado, nos últimos três dias.


Depois das denúncias de morte e estupro de haitianos na Bolívia e, os boatos que o Brasil fecharia suas fronteiras para entrada de estrangeiros, o problema se intensificou, já que os grandes grupos de refugiados que estavam acampados em vários pontos de Peru e Bolívia se apressaram em garantir a entra pelo Acre.


A situação de emergência e a falta de estrutura do Governo do Acre e da prefeitura de Brasiléia para atender a grande demanda de haitianos que estão chegando ao Estado já preocupam a população de Brasiléia e Epitaciolândia, que estão com quadras de esporte e demais locais públicos lotados de refugiados.


Mais de 200 haitianos que conseguiram documentação e esperam pela ajuda do Estado para deixar o Acre em busca de trabalho em outras cidades brasileiras. O que estaria dificultando a saída dos imigrantes seria a falta de reserva financeira para o transporte dos haitianos ao Estado de Rondônia, onde a maioria trabalha nas obras das hidrelétricas.
Segundo informações de entidades de direitos humanos, as denúncias de extorsão, estupro e supostas mortes em território boliviano, levou o Brasil a permitir que os imigrantes voltassem a entra pela fronteira da cidade de Assis Brasil. Os haitianos estão passando pelo setor de imigração da Polícia Federal.


Com apoio da Secretaria de Direitos Humanos do Governo do Acre, todos os imigrantes que chegaram a Brasiléia contam com alimentação e alojamento. O governo alugou um hotel com capacidade para 60 pessoas, que atendia a demanda. De acordo com informações de autoridades do Alto Acre, no local estariam mais de 800 pessoas.


Antes da situação de risco dos haitianos ser divulgada na imprensa local, existiria aproximadamente 850 haitianos em solo brasileiro. Após do governo Brasileiro, o número subiu para mais de 1.200. Os pedidos de ajuda do Governo do Acre foram divulgados em jornais de circulação nacional, mas até o momento as autoridades federais, nada fizeram.


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