Luciano Tavares
da redação de ac24horas
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Maria Gení, com seu filho deficiente, Luiz Gustavo, nos braços, ainda não sabe o que é saúde de primeiro mundo. Eles enfrentaram uma fila para serem atendidos na manhã desta quarta-feira, na Upa do Segundo Distrito. O caso é mais um no estado de descumprimento as leis e estatutos que regem sobre atendimento prioritário. O desrespeito acontece também com idosos, que tiveram que enfrentar fila para marcar consulta.
“Meu filho está com trinta e nove graus de febre. Ele tem problema de má formação do cérebro. Mas fazer o quê, a gente não tem condições e tem que enfrentar isso para ser atendido”, diz a moradora do Conjunto Esperança, que procurou a unidade às pressas.
Outros dois casos são fruto da muita demanda, numa pouca oferta do Sistema Único de Saúde. Francisco Flores da Silva, morador na estrada do Amapá ficou do meio-dia até 22h desta terça-feira, com a ficha na mão, para ser consultado no pulmão, mas não conseguiu ser atendido.
Ana Beatriz dos Santos mora o bairro Taquarí. Ela tem os sintomas da dengue, mas também não conseguiu saber se realmente contraiu a doença porque não foi atendida.
Cinco médicos de plantão atendiam na unidade do Segundo Distrito nesta quarta-feira. O setor de atendimento funcionou de forma normal, mas toda gerencia da UPA folgou.
A Gerente da unidade Lidiane Souza, que não compareceu ao trabalho nesta quarta-feira, explicou por telefone, que a superlotação acontece devido ao feriado. “Todas os postos estão fechados e as pessoas procuram as Upas”, argumenta. Ela só não soube explicar porque o senhor Francisco Flores, morador do Amapá, depois de dez horas na fila não conseguiu atendimento.