Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com
Rio Branco tem mais de 33 mil pessoas vivendo em favelas por toda a capital. Os dados foram revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [IBGE] e fazem parte do Censo Demográfico – Aglomerados Subnormais de 2010. Os 33.721 habitantes representam 10% da população e 9,8% dos 94.397 domicílios. A maior concentração de pessoas vivendo nessas condições é no bairro do Taquari, onde 7.285 pessoas vivem em condições desordenada.
O levantamento teve como base o mapeamento das áreas consideradas subnormais – regiões com, no mínimo, 51 unidades habitacionais carentes – que ocupam terreno público ou particular (invadido ou não) e que se encontram de forma desordenada e densa. Regiões com menos de 51 barracos foram consideradas pelo estudo como áreas urbanas regulares.
O conceito aglomerado subnormal foi utilizado pela primeira vez em 1991 com o objetivo de explorar a diversidade de assentamentos irregulares existentes no País, conhecidos como invasões, grotas, baixadas, vilas, ressacas, palafitas, entre outros. No Censo 2010, o IBGE adotou inovações metodológicas com rastreamento das regiões por imagens via satélite, visitas e reuniões com comissões municipais.
A pesquisa também identificou uma média de 3,6 pessoas morando por domicílios, enquanto que nas regiões consideradas normais, esse índice cai para 3,5. A maior média de moradores por domicílio está registrada no bairro Airton Sena, no entorno do Rio Acre e nos bairros do Preventório e Dom Giocondo, no centro da cidade.
O esgotamento sanitário só chega a 29% da população classificada como subnormal em toda capital. O técnico em geografia e estatística do IBGE/Acre, Sebastião Junior, disse que “chama atenção a ausência dos serviços essenciais nas regiões pesquisadas, ele citou como exemplo, a energia elétrica que chega através de rabichos para 70,7% da população do bairro Dom Giocondo, em Rio Branco. Na Praia do Amapá, 72,7% não tem medidor de energia.
– Os dados mostram que favelas não existem somente no Rio de Janeiro e que nessas áreas em Rio Branco, a ausência dos serviços essenciais é gritante – acrescentou o técnico.
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