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Exclusivo: Em reunião com Carioca, Marcelo Jucá ameaçou renunciar o mandato.

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Jairo Carioca,
da redação de ac24horas
Rio Branco, Acre


Os vereadores de oposição que barraram a votação, a toque de caixa, da lei de reversão do Saerb veem sofrendo todo tipo de pressão que se possa imaginar. Alonso Andrade [PSDB], Rodrigo Pinto[PMDB], Luiz Anute [PPS], Alisson Bestene [PP], Cabide [PSC] e Vieira [PPS] vão exigir um novo posicionamento do governador Tião Viana, em que este assuma compromisso com as mudanças que contemplem a população e a categoria de trabalhadores do Saerb. Um documento será assinado pelos parlamentares em coletiva na manhã desta quarta-feira, na Funasa.

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O vereador Rodrigo Pinto não revelou o conteúdo do documento. Mas o ac24horas teve acesso a algumas informações que estarão incluídas na carta. Elas foram adiantadas pelo representante do Saerb no Sindicato dos Urbanitários, José Janes. Ele revelou ao ac24horas, o tom das negociações nada “companheiras” feitas entre sindicalistas e o assessor especial, Francisco Neponuceno, o Carioca. Janes disse que o vereador Marcelo Jucá [PSB] chegou a ameaçar renunciar seu mandato na tentativa de garantir direitos dos trabalhadores e a não privatização do órgão, como estava previsto na lei original enviada à Câmara.


– Querem repetir o que aconteceu no tempo do ex-governador Orleir Cameli, quando fizeram uma reversão rápida e sem ouvirem os trabalhadores. Isso não é bom para a população e nem para 144 pais de famílias que perderam a esperança neste natal – disse Janes.


Feios na fita estão também os deputados da bancada governista que aprovaram a lei de reversão na Assembleia do jeito que ela foi enviada pelo governador Tião Viana. Janes disse que os deputados deram um cheque em branco ao autorizarem a transferência patrimonial do Saerb para o Depasa.


– Eles não pensaram em nenhum momento nos passivos dos trabalhadores do sistema. Na lei que os deputados aprovaram não existe nada que garanta o pagamento desses direitos. Não teremos nada para penhorar em caso de decisões da Justiça do Trabalho – comenta Janes.


Janes disse que a categoria ficou decepcionada com o posicionamento do deputado Lira Morais que é servidor do Saerb e que votou a favor do governo e contra a própria categoria. O sindicato vai fazer pressão na votação do dia 26. Nesta quarta-feira, 21, eles apresentam ao setor jurídico da Câmara, as propostas de emenda à Lei alterando o parágrafo terceiro que trata sobre privatização e incluindo o pagamento do passivo dos trabalhadores.


– Os passivos não podem ficar à mercê da sorte; a orientação é de nossa banca de advogados. Os trabalhadores não acreditam na palavra do governo – desabafa Janes.


Marcelo Jucá disse que a precariedade dos serviços do Saerb são efeitos de privatizações de seus setores primordiais. Para o vereador, a população está pagando pelo fato de o governo não fazer discussões mais amplas em decisões fundamentais como é o serviço de água e esgoto.


– O governo e nem a prefeitura não disseram ainda o que ouve com os investimentos feitos na época do Sammy Ferraz em que ele prometeu que até 2010 o Saerb seria a melhor empresa de saneamento da região norte. Isso precisa ser explicado – disse Jucá.


O governador Tião Viana já prometeu em coletiva à imprensa, que irá resolver todos os problemas do abastecimento de água no prazo de um ano. Nas negociações os gestores também veem garantido que não haverá privatização de todo o sistema, mas das atividades meio. Vereadores e sindicalistas querem todos esses compromissos no papel.


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