Esta semana o secretário de produção do Estado, Mauro Ribeiro, declarou que o Acre teria leite suficiente para abastecer uma indústria de laticínios. A declaração virou chacota na rede mundial de computadores depois que o ex-secretário de fazenda do Acre e Rondônia, conhecido como Peré, disse que Ribeiro vendia alho por bugalho. O governo se apressou em responder falando sobre “a revolução da produção rural acriana”.
Segundo matéria escrita pelo jornalista Samuel Bryan, o Governo do Estado pretende derrubar essa inverdade e mostrar que o Acre tem um potencial gigantesco e produz, sim, o suficiente para abastecer e manter seu mercado. Ainda segundo informações, um misto de ações da esfera estadual e do governo federal vão garantir mais produção.
O governo garante que 640 toneladas de alimentos estão sendo produzidos através do Programa de Aquisição de Alimentos e que 408 produtores são beneficiados. Os alimentos comprados pelo governo são doados para 250 instituições carentes. Em Cruzeiro do Sul, segundo a agência, são 140 produtores cadastrados para as compras e investimentos de R$ 630 mil.
Outra aposta anunciada pelo governador Tião Viana é na psicultura, onde o governo espera investir R$ 53 milhões no Complexo Industrial de Peixes e produzir 200 mil toneladas de pescado.
Embora o jornalista tenha tido o cuidado de afirmar no final da matéria que a revolução do governo está apenas no começo e que Tião Viana fecha com saldo positivo o primeiro ano de produção agrícola, não foi colocado nenhum dado específico de produção. A garantia do secretário da pasta é que “ninguém está aqui de brincadeira”, mas Lourival Marques não revelou quadros da produção anual na nova gestão de Tião Viana, muito menos comparação com a gestão anterior.
Dados do IBGE de agosto desse ano mostram um entusiasmo muito diferente. O Acre continua entre os últimos colocados na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, representando 0,1% da safra nacional.
Os dados fazem parte da pesquisa caroço de algodão, de amendoim, de arroz, de feijão, de mamona, de milho, de soja, de aveia, de centeio, de cevada, de girassol, de sorgo, de trigo e de triticale estimados para este ano e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No levantamento, os agricultores acreanos realizam a colheita apenas de café, produção que chegou a representar 1,3% do que foi colhido entre junho e julho. O grão chegou a ter uma variação de 48,1% do que foi produzido entre 2010 e 2011.
A produção agrícola da Região Norte chega a representar 2,7% do total plantado no Brasil, a menor fatia na estimativa de tudo que poderia ser produzido em julho. O levantamento mostra que o Acre não participa do plantio de algodão, de arroz, de feijão, de milho, de soja e de trigo.
No total esperado, a produção nacional deverá chegar a 158,8 milhões de toneladas, 6,2% a mais que em 2010, quando se atingiu a marca das 149,6 milhões de toneladas. A região que mais produz é a Sul.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com
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