Não é segredo para ninguém que o Serviço de Distribuição de Água de Rio Branco vive um caos. O problema é um dos “calcanhares de Aquiles” da administração do prefeito Raimundo Angelim [PT]. O pior é que é difícil acreditar numa solução imediata para o desabastecimento, já que as deficiências vão além de questões como a quebra de equipamentos, a exemplo da bomba que queimou na Estação de Tratamento (ETA II), na quarta-feira [7], a segunda em menos de dez dias.
Na ETA I o problema é ainda mais grave. Os servidores trabalham arriscando suas vidas. “O prédio foi interditado pelo Ministério Público do Trabalho”, diz o operador de bomba Roney Cunha. As denúncias da precariedade são confirmadas pelas imagens. As telhas estão quebradas, os equipamentos danificados e janelas destruídas.
Precariedade no abastecimento é debatida na Câmara
O tema foi debatido nesta quarta-feira, na Câmara de Vereadores de Rio Branco. Por solicitação do vereador Alysson Bestene (PP), o Presidente do Saerb, Eduardo Vieira foi convocado a prestar esclarecimento sobre o caos no serviço de distribuição de água. “Queremos saber o que está acontecendo. Isso não pode ficar assim. As bombas queimando… O consumidor paga a sua conta e ninguém toma uma providência”, diz o parlamentar.
Aos vereadores o presidente do Saerb, Eduardo Vieira disse que todos os esforços no sentido de melhorar o abastecimento estão sendo feitos, embora reconhecendo que também são grandes as deficiências. Sobre a bomba que queimou na noite de quarta-feira, ele afirmou que “providências estão sendo tomadas”, mas não informou quando o problema será solucionado.
Durante a sessão, Eduardo Vieira tentou mostrar aos vereadores, o inverso daquilo que é denunciado. Ou seja: a falta de estrutura do setor. Mas não conseguiu convencer grande parte dos parlamentares. “Isso é só na propaganda, a realidade é outra”, disse Alysson Bestene.
Alysson, ainda criminalizou a empresa pela falta de água. Para ele, o Saerb deve responder por “processo criminal por irresponsabilidade”.
O vereador questionou ainda porque até hoje o problema de água não foi resolvido, já que há anos o governo e a prefeitura pregam solução para o abastecimento. “Desde 2007 eles diziam que iam resolver esse problema, mas até agora nada e ainda falam de privatizar o Saerb”, discordou o progressista.
Pelo menos no quesito privatização, Eduardo Vieira concordou com Alysson Bestene ao dizer que “é contra a privatização e a favor de concurso público na autarquia”.
