Segundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, as linhas telefônicas do comitê do PSDB no Acre em 2010 foram grampeadas pela Polícia Federal. A ação tinha como objetivo, segundo a PF, monitorar a deputada Antonia Lucia (PSC), mas acabou por registrar mais de 360 horas de conversa entre os dirigentes da campanha do PSDB no estado.
Bittar disse também que circulam, no Acre, CDs e DVDs em que há outras gravações de conversas telefônicas entre dirigentes do PSDB local. “O fato é que o grampo nos telefones do PSDB no Acre virou uma prática constante. Na minha avaliação, isso nos leva de volta ao tempo das cavernas, acaba com o sentimento de democracia”, disse.
Senado
Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) definiu a realização dos grampos como uma “violência”.
“Um grampo telefônico sem autorização judicial é uma afronta à Constituição. Trata-se de uma arapongagem, uma prática fascista”, declarou.
Para Dias, é preciso que a PF esclareça o episódio do Acre – até mesmo pela preservação da própria reputação. “A Polícia Federal é uma instituição respeitada. Quando há autorização judicial, quando ela atua na legalidade, presta importantes serviços ao país. Mas infelizmente existem casos onde há excessos”, disse.
O PSDB cobra explicações do Ministério da Justiça e da Polícia Federal sobre o episódio.
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