Em um período em que a aparência tem mais valor que a essência, dados comprovam que o consumidor acriano tem investido cerca de 20% do seu salário nos cuidados com a fisionomia. As lojas de confecções, academias e salões de beleza, ficaram no topo da lista de prioridades no quesito estética. O que de fato surpreendeu, foi que até mesmo saúde e educação, quesitos primordiais para o bem estar e desenvolvimento humano, respectivamente, ficaram para trás nessa corrida de valores.
Todos esses dados fazem parte de um levantamento do Instituto de Pesquisas Empresariais do Acre (IFEPAC), que no período de 07 a 11 de novembro, reuniu informações para traçar o perfil do consumidor acriano e no que ele mais tem empregado seu dinheiro. Foi utilizada como base da pesquisa, a diferenciação de sexo, renda familiar e escolaridade. Através dessa avaliação sistemática, pretendeu-se conhecer o perfil desse público, a demanda que ele representa para a economia local e as áreas em potencial voltadas para ele.
Dos entrevistados, 61% do sexo feminino e 39% do sexo masculino, ambos com idade entre 19 e 36 anos. Grande parte possui apenas nível médio, 34%, outros 22% nível superior incompleto e apenas 13% têm formação acadêmica. Em média, 37% dos consumidores que estão empregados, aplicam cerca de dois salários mínimos para atender às necessidades domésticas. Levando-se em conta que, 78% dos consumidores do varejo local sobrevivem com renda mensal equivalente de até três salários mínimos. Os entrevistados apontaram a alimentação como maior demandante de gastos financeiros 30%, seguida dos gastos com habitação e despesas pessoais, 20% cada e só então saúde, educação e lazer 10% cada. Do dinheiro destinado à área alimentícia, a popular “mistura” obtém em média 63% dos gastos. No que se refere à moradia, 36% dos entrevistados afirmam que a maior despesa é com energia elétrica, outros 20% apostaram no aluguel.
Ao término da pesquisa um dos elementos que mais causou preocupação diz respeito à qualificação dos jovens. Mesmo que muitos deles, ao ingressarem no mercado de trabalho preocupem-se em contribuir nas despesas de casa, deixam a desejar no quesito educação, pois tomam como prioridade, gastos com aparência e lazer e investem cada vez menos em formação acadêmica adequada. O que contribui para que os mesmos não tenham muita perspectiva de crescimento profissional.
A pesquisa na íntegra pode ser acessada pelo site www.fecomercioac.com.br no Menu Publicações – Pesquisa.
Fonte: Fecomércio