Samara Filgueira, 25 anos, mãe de uma criança de 1 anos e 8 meses, foi submetida nesta quarta-feira (30) a uma cirurgia reparadora após agonizar durante uma semana com diagnósticos imprecisos e uma intervenção cirúrgica mau sucedida no Pronto Socorro de Rio Branco, capital do Acre.
A denúncia de suposta “negligência médica” parte do esposo de Samara Filqueira, Stefen Santos, que atribui o atual quadro clínico de sua mulher, internada no Centro de Tratamento Intensivo do Pronto Socorro, a sucessivos desencontros de informações. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tucumã, um médico teria diagnostico “virose”. No Pronto Socorro outro teria avaliado como possível apendicite.
Confirmada a segunda alternativa, Samara foi enviada ao Hospital Santa Juliana, algo que não teria agradado a família que insistiu em seu retorno ao hospital público, lugar no qual a mulher foi submetida à primeira cirurgia, no sábado 26, mas antes disso teria tido o pedido de cirurgia negado por um médico, não citado pela família, que teria evitado realizar a operação, assim, sendo escalando um segundo profissional para realizar a intervenção.
“Muitos foram às desculpas, impedimentos, constrangimentos, tudo em prol de se cumprir os procedimentos… … Cada um com um diagnóstico, uma desculpa, ou uma tentativa de passar a bola da responsabilidade, enquanto isso minha esposa agonizava numa maca, com tubos, sem comer, sem beber e sem diagnóstico verdadeiro”, disse o marido.
A família afirma ter pedido a intervenção da administração do hospital e atribui a alguns médicos o descanso com Silmara. “O diagnóstico foi de uma situação gravíssima, que piorou por uma sequência de atos negligentes e inexplicáveis”, afirmam.
Descontente, Stefen Santos disse que a vida de sua esposa “foi brutalmente tratada com descaso, negligência, como se fosse apenas mais um que deu entrada no hospital e que agora é parte de um jogo entre a vida e a morte, que espera, em contínuas orações, não fazer parte das estatísticas negativas”.
Procurado pela reportagem, o médico Giovane Casseb, Gerente de Assistência à Saúde do Pronto Socorro, explicou que a transferência da paciente para o Hospital Santa Juliana foi um procedimento habitual, tendo em vista que a unidade mantém convênio com o SUS e estrutura necessária para realização cirúrgica.
Quanto a suposta recusa de um médico em realizar a operação de Silmara, o gerente explica que não teria havido recusa, apenas obediência ao procedimento no qual o quadro clínico da paciência apontava para que o médico da paciente, Francisco Lopes, que não estava em dia de plantão, realiza-se o procedimento. Para Casseb, o médico plantonista teria realizado os procedimentos necessários e caso tivesse detectado urgência necessária teria realizado a operação imediatamente e não esperaria pelo médico da paciente.
Ainda de acordo com o gerente, o Pronto Socorro conta equipes médicas distintas, uma para atender emergências que chegam à unidade e outra para cuidar dos pacientes internados, esse segundo caso é adequando ao quadro de Silmara, que estava clinicada e tinha acompanhamento do médico Francisco Lopes, o qual a família da paciente demonstra gratidão.
Edmilson Alves, de Rio Branco-AC
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Redação de ac24horas