Familiares da dona de casa Maria das Graças Alencar de Araújo, 59, que deu entrada no mês de setembro, no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), com uma suposta obstrução intestinal, denunciaram na noite de terça-feira, 15, que a paciente estaria agonizando em um dos leitos do hospital, há quase dois meses, a espera do resultado de uma biópsia para definir que tipo de tratamento ela receberia na unidade de saúde.
De acordo com a filha da paciente, Cintia Januário de Matos, 25, sua mãe teria passado por três cirurgias, mas os médicos não teriam apresentado nenhum diagnóstico. Cintia afirma ainda, que os médicos suspenderam a medicação controlada que sua mãe precisa usar diariamente, ocasionando uma forte dor de cabeça na paciente, que além dos problemas neurológicos, apresenta um inchaço no abdômen, com uma secreção que exala um forte odor de podre.
Sem um diagnóstico preciso, os médicos do Huerb solicitaram uma biópsia para saber se o problema seria um câncer, mas segundo os familiares da paciente, na Fundhacre foi informado que o equipamento usado para fazer o exame estaria quebrado. O fato foi confirmado pela secretária de Saúde, Suely Melo, que disse que o Microton (equipamento de corte milimétrico) apresentou um defeito e não teria peças de reposição disponível no mercado, fato que ocasionou o atraso do exame.
Segundo Suely Melo, o aparelho teria ficado parado aproximadamente 15 dias. A gestora informa que o Estado já fez licitação para aquisição de um novo Microton. Com a medida a secretária espera suprir as necessidades de todo o Acre e ter um aparelho reserva.
Os parentes de Maria das Graças, dizem que os médicos não estariam querendo liberar o laudo médico para que eles procurassem o TFD. Outra denúncia dos parentes da paciente seria sobre a falta de bolsa de colostomia. “Minha mãe estava há quase um mês com a mesma bolsa, foi quando procurei uma enfermeira, mas ela afirmou que a bolsa poderia ficar até um mês, sem que seja preciso substituí-la. Tivemos que comprar e fazer a troca”, diz Cintia.
A secretária Suely Melo destacou que é normal que os parentes dos pacientes queiram sempre o melhor atendimento, mas todos os procedimentos estariam dentro do padrão exigido pelo SUS. Suely disse ainda, que na papeleta da paciente consta que ela tem dois problemas graves de saúde. “Dona Maria das Graças é cardiopata e tem problemas de fígado. Na manhã desta quarta-feira, 16, já determinei que os assistentes sociais procurassem a família para saber quais são as necessidades imediatas”.
Sobre a suspensão da medicação controlada da paciente, Suely Melo informou que faria parte do procedimento médico, já que a medicação poderia implicar em problemas com o tratamento feito no Huerb. “Creio que os procedimentos médicos na suspensão dos medicamentos controlados seriam para evitar possíveis complicações no tratamento. O remédio pode não está fazendo bem a paciente”.
Em relação à falta de materiais no Huerb, (como a bolsa de colostomia), a secretária informou que vai fazer a verificação da denúncia.
As denúncias apresentadas pela família de Maria das Graças, são semelhantes às reclamações de pacientes da rede pública de saúde, nós últimos meses, sobre a falta de medicamentos, equipamentos quebrados e a falta de materiais em procedimentos hospitalares. No Hospital das Clínicas, segundo pacientes, muitas cirurgias estariam deixando de ser feitas pela carência de anestesistas.
Ray Melo, da redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com
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