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Prefeito de Acrelândia, Clóvis Moretti, não cuida do meio ambiente

Por
Roberto Vaz

O lixão a céu aberto no município de Acrelândia se tornou um problema de saúde pública. Sem obedecer a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que desde o ano de 2010, proíbe a criação de lixões, onde os resíduos são lançados a céu aberto, e determina que as prefeituras construam aterros sanitários adequados ambientalmente, não vem sendo obedecida pela administração municipal do prefeito Clóvis Moretti [PMN-AC], que continua usando um espaço dentro da floresta para depositar o lixo produzido na cidade.



Mas os riscos a saúde pública não são apenas aos moradores da cidade de Acrelândia, que reclamam do mau cheiro e da presença constante de uma grande quantidade de urubus. O lixão do município vem sendo usado como fonte de renda para uma família de carvoeiros que diariamente freqüenta o amontoado de entulho em busca de restos de madeira para fazer carvão e vender na cidade.


Sem perspectiva de renda e alheios a qualquer tipo de serviço público de inclusão social, uma mulher, um homem e um filho menor, passam o dia inteiro dentro do lixão, trabalhando de forma artesanal na fabricação de carvão. Além de levar risco a sua saúde, o casal expõe o filho menor a uma possível contaminação, já que no local, todo tipo de dejetos são depositados sem que haja o cuidado de separar através da reciclagem.


Os adultos que não quiseram se identificar cavam buraco no meio do espaço onde é depositado o lixo da cidade de Acrelândia, para desenvolver o trabalho que é a única fonte de sustento da família.  Alheios aos riscos de contaminação, já que no local também é jogado lixo hospitalar, uma senhora que aparenta 40 anos, diz que sofre com a discriminação, mas não tem alternativa para manter a família.


“O povo não dá valor ao nosso trabalho duro e sofrido. O que tiro aqui da mal pra comer e comprar os saquinhos para embalar o carvão. Só tô aqui porque não arrumo emprego aqui em Acrelandia”, disse a senhora de semblante sofrido, ao informar que recebe R$ 1,50, por saco de carvão vendido nas ruas do município de Acrelândia.


Ray Melo, da redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com


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Roberto Vaz

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