Uma ação conjunta das polícias Civil e Militar de Sena Madureira, a 144 quilômetros de Rio Branco, culminou na prisão do fazendeiro Dauro Parreiras Rezende, Jociclei Gomes Mota (dono da Fazenda Santa Luzia) Uarno Silva de Souza e Donizete Carvalho da Silva, os dois últimos supostos jagunços de Dauro. O trio é acusado de pistolagem e de aterrorizar famílias numa área localizada no km 25 do Ramal Cassiarian, zona rural de Sena.
As prisões ocorreram no final da manhã desta quarta-feira (9), por determinação da juíza de direito Zenice Mota Cardozo, que acatou a representação por prisão preventiva ingressada em desfavor dos acusados pelo delegado da Polícia Civil, Antonio Alceste Callil, que investiga a morte do colono, conhecido na região por João Evangelista de Souza, que seria natural do Estado de São Paulo.
O suposto João foi morto com dois tiros de espingarda, disparados por Uarno e Donizete, que teriam sido contratados por Dauro Rezende, que reivindicava uma área de terra onde residia a vítima e seria o mandante e mentor intelectual do crime, segundo a investigação. Os jagunços, no ajuizamento da polícia, para terem a garantia de morte queimaram a casa do trabalhador e incendiaram seu corpo com combustível, dentro de uma pequena vala.
Quatro dias após tomar conhecimento dos fatos a polícia de Sena Madureira, elucidou o crime e mandou para cadeia três envolvidos no homicídio. Na tarde desta quarta-feira policiais civil e militares sob o comando do delegado Antonio Alceste Callil vasculhavam região do Cassiarian, na tentativa de prender outros dois envolvidos no assassinato.
Na terça-feira (8) o secretário da Polícia Civil, Emylson Farias, esteve na cidade de Sena Madureira para acompanhar in loco, as ações da PC, relacionadas à morte de João Evangelista. “A Polícia Civil entende que a paz foi ruída na comunidade do Cassiarian e não vai cessar enquanto não prender todos os envolvidos neste ato de covardia extrema”, esclareceu o chefe de polícia, ressaltando que será usada toda a força necessária para restabelecer a ordem pública, conforme disciplina a Lei.
O CRIME – As investigações apontam que na quinta-feira (4), por volta das 10h, Uarno e Donizete saíram da sede da fazenda de Dauro Rezende armados com espingardas em busca de João Evangelista, que foi rendido levado para um local deserto onde o foi executado a tiros de espingarda, sendo um deles a queima roupa. A afirmação é de Donizete, prestada durante interrogatório.
Ainda segundo Donizete, após o crime, a dupla voltou à sede da fazenda e contou o ocorrido aos demais empregados de Dauro, que trataram de comunicar ao fazendeiro do assassinato. Este determinou que os jagunços retornassem à cidade, inclusive ordenando que seu filho, de nome Fernando, fosse até a localidade buscá-los.
Ainda de acordo com as investigações, no sábado, Dauro teria mandado seus jagunços ocultar o cadáver do agricultor, porém o serviço não chegou a ser concluído em sua totalidade por causa da chegada da polícia na região. O corpo foi localizado parcialmente carbonizado nas imediações de um córrego.
Da Assessoria da Policia Civil