Uma história dramática vem sendo vivida por dona Francisca Silva, moradora da Rua da Glória, travessa Seringueira, 274, bairro Vitória, no São Francisco. A viúva diz que vai acionar o Estado na Justiça, por suspeitar que seu marido, José Severino, morreu vítima de erro médico, após passar duas vezes pela UPA do 2º Distrito e duas vezes pelo Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco.
Os documentos com todos os atendimentos, dona Francisca guarda em uma pasta. A reportagem foi até a sua casa conhecer o drama. Ainda emocionada, ela contou que no dia 04 de setembro, José Severino, de 51 anos, depois de passar mal, sentindo muito frio, foi encaminhado pela primeira vez para a UPA do Segundo Distrito.
Após ser consultado por uma médica geriatra o paciente foi liberado para voltar à sua casa. No dia 06, sentindo os mesmos sintomas, Severino voltou a UPA. “Ai receitaram dipirona, bateram chapa dos dois pulmões e fizeram nebulização. Depois dos efeitos dos remédios ele passou bem e foi novamente liberado para voltar para casa”, conta a viúva.
No dia 09 o drama de Severino tem sequência. Nesta sexta-feira, conta dona Francisca que o SAMU não atendeu mais o pedido de emergência e ele teve que ser conduzido em uma moto, pela filha [que pediu para não ter seu nome revelado], até o Pronto Socorro de Rio Branco.
– Neste dia, depois de ser atendido e liberado ele se recusou a voltar para casa. A médica até se admirou e disse que era o primeiro paciente que desejava ficar em um hospital – acrescentou a esposa. Resultado: colocado em observação, o quadro de saúde de seu Severino foi se agravando. Após uma nova avaliação médica, no dia 11, ele foi transferido para o leito 71 do Hospital das Clinicas, com recomendações de internação imediata em uma Unidade de Tratamento Intensivo. A família começava a lutar por uma vaga.
No dia 12, depois de terem realizado procedimentos de emergência no próprio leito, seu Severino foi transferido para uma UTI no Hospital de Urgência e Emergência. Conta sua viúva que depois de 11 paradas cardíacas, o paciente não resistiu e morreu, às 19 horas do dia 13 de setembro.
Consta no atestado de óbito de Severino que a causa de sua morte foi choque séptico refratário grave e pneumonia. Mas um telefonema recebido no dia 03 de novembro deixou a família novamente em suspense.
– Ligaram da Vigilância epidemiológica e perguntaram o estado de saúde de Severino. Quando perguntei por que, a moça disse que ele deveria voltar a UPA do 2º Distrito pois havia uma suspeita de leptospirose. Quando disse que ele havia morrido, nunca mais eles ligaram – conta dona Francisca.
A família não sabe agora qual foi o verdadeiro motivo da morte do paciente. Um raio-x do tórax também desapareceu do prontuário. Revoltados, os filhos e a viúva resolveram encaminhar na justiça uma Ação contra o Estado do Acre. Eles desconfiam de erro médico.
– Nós queremos pelo menos saber do verdadeiro motivo da morte de Severino, temos esse direito – concluiu dona Francisca.
A reportagem ligou hoje pela manhã para o departamento de controle de zoonoses de Rio Branco. O agente Nelsinho Rocha informou que o departamento atende de acordo com relatórios enviados pelo setor de epidemiologia e assegurou que não recebeu nenhum caso com o nome de José Severino.
– Quando recebemos esses casos de suspeitas, vamos até a casa do paciente e fazemos um estudo de atuação da área onde o rato atua na residência e com base nesse estudo, fazemos o trabalho de controle. Neste caso específico não recebemos nenhum relatório – confirmou o agente.
Do setor de zoonoses a reportagem foi encaminhada para o departamento de epidemiologia. Paulo Roberto que cuida do setor de combate a leptospirose informou que encaminhará a solicitação de resultado do exame do senhor José Severino para o Laboratório Central.
Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com
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