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Empresária diz que Governo do Acre aluga hospital particular e devolve prédio sucateado; Suely desmente denúncia

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As peças publicitárias do Governo do Estado Acre, no rádio e TV, falam a exaustão do incentivo das administrações petistas às atividades que geram emprego e renda, mas a realidade pode ser mais dura e cruel do que a bela publicidade oficial.


A proprietária do Hospital das Clínicas Cogiva, em  Cruzeiro do Sul, corre o risco de perder o investimento de uma vida, depois que fez negócios com os gestores da Frente Popular do Acre, alugando sua clínica particular para atender pacientes do SUS. O hospital disponibilizou a sua maternidade enquanto o prédio do Estado no município passava por uma reforma.


A empresária Maria Nazaré carvalho, dona do HC Cogiva afirmar que o Governo do Acre teria sucateado sua clínica, levando equipamentos de elevado valor e retirado peças dos poucos aparelhos que ficaram no prédio que foi abandonado pelo poder público, com a energia cortada e com lixo hospitalar jogado no local, que exala odor de podre.

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Segundo a proprietária do HC Cogiva, o hospital particular foi alugado pelo governo do Estado, depois que as instalações da maternidade estadual foram interditadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), por não oferecer condições e equipamento adequados para atendimento às gestantes de Cruzeiro do Sul.


O contrato seria de seis meses e teria regras que a Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) não obedeceu. “No contrato reza que o governo teria que entregar tudo nas condições que recebeu, mas não foi isso que aconteceu. Eles [os funcionários] chegaram sem nada e quando saíram levaram os equipamentos de propriedade da do HC Cogiva. Ninguém consegue falar com os reizinhos da Sesacre”, diz Maria de Nazaré.


Os problemas começaram a surgir após o fim do contrato, que de acordo com a empresária Maria Nazaré carvalho, “está sendo prorrogado por aditivos, causando prejuízo incalculável”.  A proprietária alega está à beira da falência e teme perder todo o patrimônio adquirido através de investimentos próprios e financiamentos bancários.


“Estou em desespero. Chego a perguntar como um governo que investe numa Secretaria de Industria e Comércio, gastando vultosas somas, dizendo incentivar o empreendedor,  pode querer falir uma empresa que gera empregos e atendimento a saúde. O investimento é pioneiro na região, onde os que exigem privacidade poderiam usufruir desse atendimento desafogando a rede pública. Não fiz meu empreendimento para alugar, apenas fui solidária numa situação social onde nossas mulheres estavam sendo atendidas num canteiro de obras, em situação pior que animais. Gostaria que a imprensa pudesse fazer uma visita ao meu hospital para ver a situação, porque não consigo descrever, tem que ver pra crer. É inacreditável, é caso de polícia. Realmente estou em desespero”, protesta Nazaré carvalho.


Na época, trecho de reportagem da assessoria do governo confirma o negócio entre a administração estadual e a empresária. “Para continuar atendendo à população, o Governo do Estado arrendou a clínica particular Cogiva, recém implantada na cidade e que dispõe de equipamentos modernos. Na clínica que fica localizada no Bairro do Formoso, serão realizados partos normais, cesáreos, abortos e curetagens. A enfermeira Andréia Tanja Santos que é chefe do Centro Cirúrgico da Maternidade, disse que a clínica dispõe de uma excelente estrutura, equipamentos novos e que foi montada para atender partos”, dizia o release.


Entrega de hospital sucateado pelo Governo do Estado
A proprietária do HC Cogiva, afirma que depois que as obras da maternidade Estadual foram concluídas, os gestores da Sesacre fizeram a mudaram “levando equipamentos pertencentes ao H C Cogiva, como as mesas de parto, tiraram as peças da autoclave para colocar na maternidade pública e levara inúmeros outros aparelhos, além de sucatear todos os equipamentos sem terem dado manutenção”.


Segundo Maria de Nazaré, a empresa estaria impossibilitada de fazer qualquer transação, já que “o cartão está bloqueado e com o nome no SPC e SERASA, colocado pela Eletrobrás”. A Sesacre não pagou as contas de luz do prédio no período em que ocupou as instalações. A responsabilidade do pagamento das contas de energia seria dos gestores públicos, previstas no contrato firmado com o Estado.


“O prédio está cheio de lixo e mobiliários enferrujados pertencente ao Estado, que deixou em troca dos pertencentes ao HC Cogiva. Eles [o governo] transformaram o local em um depósito de ferro velho. Muitos médicos e políticos visitaram nosso hospital e sabem da maravilha que era. Todos saiam encantados com o que viam, muitos dizendo não entender como no interior do Acre se investia num empreendimento de tão alta qualidade”, enfatiza Maria de Nazaré.


Os aparelhos anestésicos de marca Drager Plus de fabricação Alemã estariam correndo risco. “De acordo com orientação técnica não pode ficar desligado. No contrato reza que o governo tem que entregar tudo nas condições que recebeu, mas estou vendo que o governador Tião Viana, que diz investir e incentivar a iniciativa privada está levando uma empresa que gera emprego desde 2009, a fechar suas portas”, enfatiza Nazaré carvalho.


A verdade dita por Suely Melo


A reportagem entrou em contado com a secretária de saúde do governo do Acre, Suely Melo, que confirmou que o prédio em questão está alugado para o governo do Estado desde 28 de janeiro 2010 e no momento passa por reformas para ser devolvido aos proprietários. “O prazo de término da reforma pela empresa Construtora Pinheiro Ltda é estipulado o dia 24 de novembro”, garante a secretária.


Suely Melo desmente a informação de que o Estado deixou de pagar a conta de consumo de energia: “a energia do período da nossa locação está paga, pagamos a ultima conta dia 26/10”, garantiu.

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A secretária diz que a equipe medica usa o equipamento que a empresária Maria Nazaré carvalho diz que sumiu: “estamos utilizando na nova maternidade os seguintes equipamentos: duas mesas ginecológicas, um bebedouro e o comando da autoclave, porém estes equipamentos estão inclusos no valor do aluguel”.


Suely Melo disse que “o aluguel do prédio não se deu por interdição do Ministério Público, e sim para que a obra fosse concluída no prazo definido pela equipe de governo, pois com a unidade funcionada no local atrasaria a obra. As manutenções preventivas e corretivas foram realizadas pelo Conselho Gestor da Maternidade.


a assessoria da secretária Suely Melo informou que a diretora da maternidade, Fabiana e a Coordenadora da Regional Kátia foram na unidade e constataram que não há lixo hospitalar no local.


Ray Melo, da redação de ac24horas – [email protected]
colaborou Roberto Vaz


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