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Crime ambiental: Comunidade denuncia lixão de Acrelândia

Por
Roberto Vaz

Moradores que moram próximo ao lixão do município de Acrelândia reclamam da situação em que tem que suportar um lixão em plena área urbana.

Varias toneladas de lixo são despejadas no local que não se adequa às leis ambientais. Lixo que não é separado, restos de animais e lixo doméstico ficam expostos a céu aberto prejudicando moradores que moram nas proximidades. Há muitos anos que os moradores reclamam do lixão da cidade, mais até agora a solução só ficou na promessa. Para a vigilância sanitária o lixão de Acrelândia apresenta três tipos de contaminação, do solo, a contaminação do lençol freático, e do ar.



Segundo o morador Felício de lima de 63 anos que é um ex-funcionário da Sucam e passa por debilitações, tem que suportar o mau cheiro e as condições deploráveis do lixão que está tomando conta da cidade. “Eu não consigo dormir, de tanto odor que o lixão traz, sem falar que para que eu e minha família possamos fazer nossas refeições, temos que ligar o ventilador por não aquentar as moscas e o odor. Nos já fizemos um abaixo assinado para que as autoridades pudessem resolver esse problema, mais ate agora só ficou na promessa por parte do prefeito. Queremos uma solução, sou doente e estou ficando mais doente com esse lixão”. Desabafou Felício.



Dona Marlene Soares da Silva juntamente com seu filho menor de 15 anos e seu marido, são uma das famílias que sobrevivem do lixão de Acrelândia. Segundo ela, que consegue ganhar quase 600 reais fazendo carvão e juntando latinhas, o problema maior do lixão é que não é feita a seleção adequada do lixo, e os açougueiros da cidade jogam restos de ossos, causando o odor e aglomeração de urubus na cidade. “Eu e minha família sobrevivemos do lixo. Quero sim que esse odor acabe mais não gostaria que o lixão acabasse, pois não tenho renda e a situação iria ficar muito ruim para minha família”. Alem da família de Dona Marlene, outras famílias também dependem do lixão em Acrelândia para sobreviver.



Segundo o coordenador da vigilância sanitária do município, Uilhian Belmont Alves, todas as medidas já foram tomadas por parte da vigilância sanitária. Compete agora ao poder executivo municipal fazer o que foi planejado. A prefeitura vai adquirir uma outra área que já foi vistoriada pelo IMAC e IBAMA, para que seja criado um outro lixão fora da cidade. Mas para Uilhian Belmonte, mesmo assim isso não vai resolver o problema do lixo em Acrelândia, só vai mudar de endereço. (Reprodução de publicação do jornal O Rio Branco)


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Roberto Vaz

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