Nesta terça-feira (18) em entrevista ao Programa Boa Noite Rio Branco (SBT), o vereador Alonso Andrade (PSDB) apontou como uma das causas de vandalismo praticado em linha de ônibus satélite do Bairro Tancredo Neves o fato de o cargo de motorista ser ocupado por uma mulher. Para o vereador, a motorista não teria autoridade suficiente para controlar a desordem praticada por jovens e adolescentes.
“Um homem dá mais respeito para os jovens”, diz Alonso ao querer transmitir a ideia que um homem imporia mais autoridade e provavelmente evitaria o vandalismo.
O ônibus circula gratuitamente entre o Tancredo Neves, Caladinho e Jorge Lavocat. Segundo o parlamentar, a própria população daquela região estaria solicitando da Superintendência de Transportes e Trânsito de Rio Branco (RBTrans) que passagens voltassem a serem cobradas para por fim ao que classificariam de “desordem e descontentamento” com o sistema.
Mas em uma reunião realizada ontem pela prefeitura, menos de 10 pessoas desses bairros participaram da decisão de retirar o ônibus de circulação.
A RBTrans já informou que vai levar o assunto ao Ministério Público na intenção de retirar o ônibus satélite de circulação. As motivações para por fim a um benefício à população demonstram-se confusas e até contraditórias, e pode ser mais uma manobra para reduzir custos aos empresários do setor que recentemente foram até à Justiça para anular uma lei municipal, de autoria do próprio vereador Alonso, que institui passagens de R$ 1 aos domingos.
O prefeito de Rio Branco, Raimundo Angelim, manifestou-se contrário a ideia de passagens mais barata à população e chegou a deixar de aprovar a lei com passagens de R$ 1, cabendo a Câmara dos vereadores a batalha com os empresários dos coletivos. O município de Rio Branco que deveria recorrer da decisão judicial em defesa dos acrianos da capital que pagam uma das tarifas mais cara do País, até o momento não demonstrou preocupação em acionar a Justiça.
Edmilson Alves, de Rio Branco-Ac
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Redação de ac24horas