Mais de dois mil empregos estão ameaçados por uma ação de reintegração de posse impetrada pela União, no Segundo Distrito de Rio Branco. Os empresários e o presidente da Federação do Comércio, Leandro Domingos, estão numa verdadeira peregrinação para evitar que várias empresas tenham suas sedes demolidas e causem uma onda de desemprego em massa na capital acreana.
A área em litígio, de acordo com Leandro Domingos, inicia na entrada do bairro Taquari e termina na entrada da estrada do Amapá. Todos os empresários já foram notificados pela Justiça, sobre a ação de reintegração e estão com os bens indisponíveis para qualquer tipo de negociação. 16 empresas que apresentaram título definitivo de suas propriedades, não tiveram a validade dos documentos reconhecida pela Justiça.
Segundo o presidente da Federação do Comércio, Leandro Domingos, os empresários já mantiveram conversas com os deputados e senadores da bancada federal em Brasília, para que se chegue a uma negociação sobre o litígio. Domingos disse ainda que se reuniu com membros do gabinete civil e com Tião Viana (PT), em busca de auxilio para a questão. Nos próximos dias deve acontecer uma reunião oficial com o governador.
As terras em questão teriam sido doadas pelo empresário Jimmy Barbosa, para a União. No local seria construído o novo aeroporto, mas com a mudança de local da construção, a União teria resolvido a questão com as pessoas que residem no local, ficando pendente apenas a situação da maioria das empresas que ocupam as terras. Juntos, os empresários que se instalaram na área, geram mais de dois mil empregos diretos.
Domingos considera que o Estado tem que ser visto como parte do processo, já que de acordo com ele, as autoridades teriam concedidos escrituras e títulos definitivos para parte dos empresários do local. “O estado passou a ser parte do processo porque autorizou a venda daqueles imóveis. A União entrou com uma ação como se todos os empresários fossem posseiros, e isso eles não são, porque compraram, pagaram e registram os imóveis”.
Os empresários esperam que o Governo do Estado, a bancada federal e os deputados estaduais intervenham e encontrem uma solução para o problema junto a União. Os empresários estariam engessados pela ação judicial, que impede que qualquer um dos envolvidos contraia empréstimo, já que as propriedades não podem ser dadas como garantia da operação com as instituições financeiras.
Ray Melo, da redação de ac24horas – [email protected]