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“Eu não aprovo roubo! O que está havendo no Antimary é roubo” diz Rocha em resposta ao governo

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As reportagens de ac24horas, replicadas na revista ISTOÉ, sobre as supostas irregularidades nos projetos de manejo florestal no Acre, continuam pautando os discursos na Aleac.


Em resposta a matéria da assessoria de comunicação do Governo do Estado, que afirmou em release oficial que o parlamentar tucano teria assinado e concordado com a escolha da madeireira Laminados Triunfo, para explorar a retirada de madeiras da Floresta do Antimary.

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“Eu não aprovo roubo! O que está havendo no Antimary é roubo”, dispara Rocha, afirmando que a secretária de comunicação de Tião Viana (PT) está tentando desviar atenção dos verdadeiros fatos que estão acontecendo no Antimay. “A secretaria de Comunicação deveria explicar é porque está alugando um carro pelo valor de R$ 16 mil – prosseguindo o discurso, o tucano disse que “o governo é o primeiro a extorquir os seringueiros e pequenos produtores do estado”.


Os deputados da base governista tentaram ainda, descredenciar as denuncias de Rocha. Segundo o deputado Manoel Morais (PSB), a denúncia apresentada através de um vídeo “não tem autenticidade. Aquele vídeo de baixa qualidade não diz nada. As pessoas que fazem depoimento no vídeo não sabem o que estão dizendo, assim como o deputado Rocha, que faz denuncias, mas não conhece nada de projetos de manejo”, afirma Manoel Morais.


O Vídeo do Mal
O líder do Governo na Aleac, deputado Moisé Diniz (PCdoB), classificou como “vídeo do mal” o documentário produzido pela assessoria do deputado Major Rocha tripudiando sobre a forma como é executado o plano de manejo de madeira certificada do Antimary. O vídeo foi encaminhado à ONU pelo senador Sergio Petecão (PSD) e à redação da Revista Istoé.


Em seu pronunciamento na sessão desta terça-feira, 18, Moisés Diniz esclareceu que “o vídeo do mal” abrange apenas o projeto do Antimary, que representa apenas 2% de toda a produção de madeira certificada do Acre. “Nós temos 280 mil hectares de florestas com plano de manejo para 30 mil hectares anuais”, informou Moisés, rebatendo afirmação da revista de que o Acre trabalha em 60 milhões de hectares. “Nem o Amazonas tem tanta floresta”, comentou o parlamentar.


Leia mais sobre este tema:
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Moisés lembrou que ao levar o caso à ONU e à revista, o deputado oposicionista está tentando atingir um projeto que é a coluna dorsal do Governo da Frente Popular e emprega atualmente 7 mil pessoas, gerando renda de R$ 500 milhões anuais e R$ 50 milhões em ICMS.


O parlamentar aproveitou para anunciar a realização, em novembro, de um seminário sobre o manejo florestal do Acre reunindo universidades, políticos, trabalhadores rurais e especialistas de todo o Brasil.


Gilberto Diniz fala do Antimary e apresenta nova denúncia
O deputado Gilberto Diniz (PTdoB), falou das supostas denúncias de irregularidades na Floresta do Antimay. De acordo com o oposicionista, “o homem da floresta não tem ganho de nada, as árvores estão sendo abatidas e os animais estão morrendo. É essa a realidade do povo do Estado, está propaganda de levar uma fábula as pessoas, tenta esconder”, destaca Gilberto Diniz.


Segundo Diniz está acontecendo uma expropriação de capitais, “é isso que está acontecendo em nossas florestas. Para se ter uma idéia, uma árvore para chegar ao ponto de corte deverá levar 100 anos. Como um produtor espera viver ganhando R$ 7 mil por mês, em uma exploração, onde só quem ganha é o madeireiro e pessoas que fazem parte do governo? É isso que nós, da oposição, somos contra”, enfatiza.


Funcionários da Seaprof seriam fornecedores
O deputado de oposição criticou ainda, um projeto de reflorestamento e venda de mudas de seringueiras para pequenos produtores do Estado. De acordo com Gilberto Diniz, cinco funcionários da Seaprof estariam vendendo as mudas para os seringueiros que aderem a um tipo de financiamento proposto pelo Estado.

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“O projeto apresentado é lindo, maravilhoso, mas só atende a cinco pessoas ligadas a Seaprof. As mudas são compradas de pessoas que trabalham na Seaprof. Estes funcionários públicos são os donos dos viveiros que vendem as mudas a estes trabalhadores que contraíram empréstimo com 13 anos de carência para começar a pagar”, denúncia Gilberto Diniz.


Ray Melo, da redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com
Colaboraram João Mauricio e Roberto Vaz


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