A reportagem de ac24horas mostrando denúncia de exploração de madeira na Floresta do Antimary, relatando que o senador acriano Sérgio Petecao (PSD-AC), entregou relatório ao ativista ambiental Al Gore, pautou o debate na manhã desta terça-feira, 11, na Assembléia Legislativa. Os parlamentares de oposição e situação voltaram à carga com o assunto, que motivou novas trocas de acusações e até mesmo ataques a Sérgio Petecão.
O debate se intensificou com as afirmações de Major Rocha (PSDB), que afirmou que os políticos de situação teriam tentado afastar os oposicionistas da discussão com as 40 famílias que apontam as supostas irregularidades no projeto de manejo florestal, na Floresta Pública do Antimay. “Mudaram o local de realização da audiência, numa clara tentativa de afasta a oposição da discussão do assunto. Ontem um assessor do governo, suspendeu a audiência para que a empresa saísse. É uma forma de desequilíbrio generalizado dentro deste governo” , destacou Rocha.
Segundo o parlamentar tucano, ele teria levantado o assunto, trazendo a público as denúncias dos moradores do Antimary. “Para nossa surpresa, os parlamentares da base de governo, foram avisados da mudança, mas nós que fomos lá e ouvimos a população e trouxemos o problema, sequer fomos comunicados dessa mudança. Foi uma tentativa clara de esconder o problema e fazer mais uma negociação para maquiar o problema”, afirmou.
O deputado Gilberto Diniz (PT do B), também repercutiu o assunto. Segundo Diniz, os políticos de oposição não são contra a distribuição de renda e benefícios aos povos da floresta, mas que os projetos precisam ser feito com transparência, além de agregar valor à madeira que é levada para ser beneficiada fora do Estado. Diniz diz ainda, que a luta dos oposicionistas é para levar os benefícios que são prometidos no ato da assinatura dos contratos de exploração da madeira, mas “são esquecidos tão logo comece a extração”.
“A nossa preocupação não é com o projeto de manejo e, sim em relação à sustentabilidade. Quais os benefícios e quais as benfeitorias que o produtor rural vai tirar desta sustentabilidade? Porque sabemos que o homem do campo não tem renda alguma, a renda é mínima. E depois que a madeira é extraída, ele não tem mais o que negociar, ficando numa situação preocupante, já que o projeto de manejo é para ter envolvido um projeto que leve o social para essas pessoas, que possa levar uma boa escola, um posto de saúde” questiona Gilberto Diniz.
GOVERNISTA DEFENDE GOVERNO E ACUSA PETECÃO
O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PC do B), apontou o plano de manejo florestal, na Floresta Pública do Antimary, como modelo mundial de projeto sustentável. De acordo com o comunista, o que deveria ser debatido seria os ajustes do projeto, não tratar a questão como palanque político e alvo de denúncias infundadas nos benefícios concedidos as pessoas que residem nas áreas de exploração de madeira de forma sustentável.
“O que deveria ser discutido seria o problema de acesso, o problema de saúde e educação, mas a reserva do Antimary é o modelo para a Amazônia. O nosso manejo madeireiro tem sido citado em todas as partes do planeta, como um modelo a ser seguido aonde existe florestas nativas. Esse é o esforço de substituir o santuarismo da floresta 100% em pé, e o homem morrendo dentro dela, pela retirada organizada e cientifica da madeira, corrigindo os problemas”, enfatiza Moisés Diniz.
O líder do governo afirmou que não teria sido correto, o senador Sérgio Petecão apresentar a denúncias. “Uma pessoa que fez parte de 12 anos, de nosso governo. Ele [Petecão] foi o segundo homem mais importante desse governo. Durante oito anos, ele foi o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, e durante esses oito anos, já existia o manejo na reserva do Antimary. Nos deixa triste porque isso pode prejudicar a economia acreana. Nós vamos enfrentar este debate, na forma que foi feito, de forma aberta, de forma franca”, disse Diniz.
Segundo o líder do governador Tião Viana (PT), as soluções serão encontrada pela administração. “Nós vamos encontrar uma boa solução para essas famílias, porque é essa nossa tradição. Queremos apenas lamentar essa decisão do senador Petecão, porque ela não ajuda o Acre, porque os problemas são isolados e específicos, nas várias áreas onde se constrói o manejo. O manejo é nossa única esperança, nós não temos outra, a não ser a de longo prazo que é discutir o seqüestro de carbono, pela manutenção da floresta”, acrescenta Diniz.
De acordo com Moisés Diniz, a discussão do seqüestro de carbono é um projeto muito longo, “e talvez nossa geração não consiga ter acesso a esse novo patrimônio. A nossa alernativa é o manejo. atacá-lo de forma frontal, de qualquer jeito é agredir o que nós estamos gerando a muitos anos. O senador Sérgio Petecão defendeu publicamente o manejo, e agora vai na ONU como um senador da república do Brasil se posicionar de forma diferente. Isso é incoerente, é injusto, é desleal”, finaliza Diniz.
Ray Melo, da redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com
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