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Obras de saneamento básico no Bairro Santa Inês, no Segundo Distrito da capital Rio Branco (AC), tem tido efeito contrário ao que deveria proporcionar aos moradores. É que as instalações da redes de esgoto e água, iniciadas em janeiro deste ano, foram abandonadas, espalhando poeira e levando fluidos fétidos para aonde não existiam.
É o caso da Rua Nilo Meireles, que de acordo com Lidiane Freitas de Castro, passou a contar com um esgoto a céu aberto desde o dia 26 de janeiro. “Um esgoto, registre-se, criado por ação do poder público”, lembra Lidiane ao afirmar que desde então a sua filha de apenas um ano e cinco meses “vive adoentada”. O caso já foi denunciado pela moradora ao Ministério Público através da Promotoria Especial de Habitação e Urbanismo.
O martírio da moradora é um velho conhecido de quem precisa recorrer aos órgãos públicos. Lidiane Freitas diz já ter procurado a Secretaria de Obras do Município, o Departamento de Águas e Saneamento (DEAS), empresas privadas ligadas a execução da obra (mas que Lidiane afirma não lembrar os nomes), o Ministério Público e até mesmo pessoas ligadas ao programa Ruas do Povo do Governo Estadual, mas o problema persiste sem solução.
Em outra rua do bairro, a Edmundo Pinto, onde moram os comerciantes Francisco Paulo Nunes e Cristiana Araújo Silva, o abandono das obras tem causado muita poeira com buracos abertos em faixas onde antes se enxergava asfalto. Têm causado, também, a pouca esperança de que o problema seja dissolvido. “Sinceramente, não acredito que este ano eles corrijam essas falhas”, disse Cristiana.
As queixas da população não param. Motoristas reclamam de buracos de bueiros com tampas estouradas no centro do asfalto. Um perigo que só com o improviso de madeiras colocadas de pontas para cima ajudam a minimizar. Na rua da Sanacre, Marcela Silva reclama que teve a calçada do seu lanche totalmente destruída e que não adiantou procurar as autoridades do município. “Já são mais de quatro meses que buscamos solução e já não sei mais a quem recorrer”, disse.
A assessoria de imprensa da EMURB (Empresa Municipal de Urbanização) certifica não ser o órgão responsável pelas obras no Santa Inês e indicou o Deracre (Departamento de Estradas e Rodagens do Acre) como fonte de informação. Seguindo a orientação, o ac24horas contactou o Deracre, que por sua vez indicou o Depasa (Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento), mas até o fechamento desta reportagem não houve retorno. A reportagem ainda procurou a assessoria de imprensa do município de Rio Branco, mas o assessor Oly Duarte não foi localizado para falar sobre o assunto.
Edmilson Alves, de Rio Branco-Ac
[email protected]
Redação de ac24horas
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