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Acre faz mobilização inédita no país para reduzir as queimadas

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SÃO PAULO – Em 2005, o estado de Acre submergiu na fumaça das queimadas no mês de setembro. O aeroporto da capital Rio Branco fechou várias vezes, as escolas suspenderam as aulas e 10% dos 300 mil habitantes tiveram problemas respiratórios. O fogo sem controle transformou em cinzas cerca de 400 mil hectares de floresta amazônica. Seis anos depois, o Acre começa a colher os resultados de uma mobilização inédita no país para reduzir as queimadas. Os 28.784 focos de incêndio registrados no ano de 2005 caíram para pouco mais de 2,8 mil de janeiro de 2011 até agora. Nas contas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Acre reduziu o índice de incêndios florestais em mais de 90% entre 2007 e 2009 e há um plano para manter esse ritmo até 2015.


– Depois da destruição de 2005, houve uma mobilização da sociedade e do poder público contra as queimadas como nunca se viu no país – diz a procuradora Patrícia de Amorim Rêgo, da coordenadoria de Meio Ambiente do Ministério Público estadual.


O Ministério Público foi uma espécie de articulador desse movimento entre a população e o poder público. O MP recomendou que fosse decretada situação de emergência para marcar a gravidade da situação. Foram criados comitês municipais do fogo e cidades ganharam unidades da Defesa Civil. Pequenos produtores rurais, que sempre usaram o fogo para limpar o terreno antes de plantar, ganharam kits com abafadores e treinamento para evitar o descontrole das chamas. Os estragos de 2005 foram tão grandes que até passeatas nas ruas de Rio Branco foram organizadas contra as queimadas. Continue lendo AQUI

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