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Obra do PAC, no Acre, sequer saiu do papel

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Roberto Vaz

Quando o assunto é acelerar o crescimento, no Acre, o freio é mais usado que o acelerador. E não são poucos os exemplos. Na capital e no interior do estado, obras financiadas com recursos do maior programa de financiamento para construção de obras publicas dos últimos tempos, caíram no esquecimento ou simplesmente estão paradas por diversos problemas, na maioria, incompatibilidade entre o projeto e a execução.


Em Rio Branco, as obras de urbanização das áreas ás margens do Igarapé Batista, na região do Conjunto Manoel Julião refletem bem esse quadro. Contratada pela Secretaria de Obras do Estado para executar o lote IV do projeto, a empresa Engecal abriu mão de R$ 2,8 milhões e abandonou o projeto ainda na planta. A empresa venceu a licitação, mas nunca executou um dia de trabalho na obra.


Os responsáveis pela Engecal alegaram “acúmulo de obras”e preferiram desistir do contrato, atrasando em mais de um ano o cronograma pré estabelecido para conclusão dos serviços.



A engecal ficou responsável por urbanizar um dos trechos ás margens do Igarapé Batista, numa área que compreende os bairros Nova Estação e Manoel Julião. Pelo contrato, a obra deveria está pronta para ser entregue as mais de seiscentas famílias que seriam beneficiadas com o projeto, mas nada foi executado.


“Nós estamos readequando o projeto para atender mais famílias”disse o diretor executivo de obras da Secretaria de Habitação, Marcelo Menezes, responsável pelo gerenciamento dos projetos.


Essa readequação, significa na verdade, a abertura de novo processo licitatório para a contratação urgente de nova empresa para executar a obra. Pelo calendário inicial, esse trecho está com um atraso superior a doze meses, o que compromete a liberação dos recursos, mas Menezes garante que tudo está dentro do programado.


“Nossa situação de governo com a Caixa não tem problema nenhum, sempre fizemos os projetos com o acordo da Caixa. Tivemos pequenos atrasos nas desapropriações e isso faz demorar o processo, mas não temos riscos de perdermos os recursos porque todos os contratos foram reprogramados”, explica Menezes.


Reprogramar contrato, é o mesmo que atrasar o cronograma da obra e adiar por meses a entrega  do benefício á população. No mesmo projeto, em outro trecho, está explicito o comprometimento das empresas com a responsabilidade do cumprimento nas datas.


Na região que divide os bairros Nova Estação e Vila Ivonete, o canal construído pela empresa Etenge está abandonado, coberto pelo mato, apesar de ter sido erguido recentemente. No local, o aspecto da obra nem  de longe lembra um novo investimento, que deveria chamar a atenção pela beleza, não pelo abandono.


Jairo Barbosa – jbjurua@gmail.com


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Roberto Vaz

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