Dara Sharef e André Gindri são acrianos oriundos da rede privada de ensino no Estado, ávidos por uma vaga de medicina da Universidade Federal do Acre (UFAC) – que vai utilizar, pela primeira vez, a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) como critério de seleção para quase a totalidade de suas vagas – os alunos já não sabem o que é descanso aos domingos, estudar para as provas do Enem que ocorrem nos dias 22 e 23 outubro é a prioridade máxima.
De acordo com os alunos, a maior dificuldade foi de adaptação as novas metodologias de ensino, pois, vinham estudando para o tradicional vestibular da Ufac, no qual se utilizava conteúdo que exigia mais memorização e menos reflexão, mas com a adoção do Enem há cerca de quatro meses inverteu-se para mais raciocínio lógico e menos arquivamento de dados.
O diretor de um cursinho preparatório da capital do Acre, Gilberto Haddad, diz que prepara cerca de 200 alunos para as provas do Enem com vistas ao ingresso na Ufac. Segundo o diretor, a adaptação exigiu a importação de professores de outros Estados, uso de filmes temáticos, inclusão do ensino de Filosofia e Sociologia, e ainda a intensificação do estudo de estatísticas.
Mas quem pensa que aluno de escola pública não se prepara para o Enem pode se enganar, João Queiroga que cursa a terceira série do ensino médio, também aproveita as facilidades que os cursinhos preparatórios oferecem. “Estou em um cursinho oferecido pelo governo e há mais de seis meses que não paro de estudar um único dia, seja domingo, seja feriado”, diz o aluno.
Edmilson Alves, de Rio Branco-Ac
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Redação de ac24horas