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Aftosa poderá contaminar rebanho acreano entrando pela fronteira com a Bolívia

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Criadores de gado que residem em terras bolivianas procuraram a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), na manhã desta quarta-feira, 28, para denunciar a pressão que estão sofrendo por autoridades bolivianas na fronteira próxima ao município de Capixaba.


Segundo os criadores os animais ainda não teriam sido vacinados contra aftosa, já que na “fronteira seca”, o Instituto de Defesa Animal e Florestal do Estado do Acre (IDAF) seria responsável pela vacinação dos animais há mais de 15 anos.


O presidente da Associação dos Produtores do Município de Capixaba, Francisco Assis (o Careca), destacou que o rebanho em terras acreanas corre sério risco de ser contaminado, já que a vacinação não foi feita e o material oferecido pela Bolívia é de baixa qualidade.

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“O rebanho bovino do Acre corre sério risco. Os animais dos produtores brasileiros em terras bolivianas ainda não foram vacinados, e a vacina oferecida ela Bolívia é de baixa qualidade, além de não ter quantidade suficiente para vacinar os animais na faixa de fronteira”, diz Careca.


Os produtores brasileiros em terras da Bolívia cobram o cumprimento de um acordo internacional para controle da aftosa na América do Sul. De acordo com eles o Brasil faz parte deste acordo que prevê o combate da aftosa e erradicação da doença.


Segundo o produtor Sandro Marcelo, um do diretor do Idaf teria procurado as autoridades da Bolívia para que eles se responsabilizassem da vacinação dos animais dos Brasileiros. A partir deste momento, representantes de um instituto do país vizinho passaram a pressionar os brasileiros.


“Eles estão cobrando R$ 10 reais por animal não vacinado. Estão proibindo que os produtores retirem os animais para serem vacinados e pressionam para apreender o rebanho dos brasileiros na faixa de fronteira. Tudo por causa de um funcionário do Idaf que teria procurado as autoridades bolivianas para que eles assumissem a responsabilidade pelos nossos animais”, diz Sandro Marcelo.


Além da possível contaminação por aftosa do rebanho do Acre, os produtores temem pela volta da perseguição dos brasileiros, para que se retirem da faixa de fronteira da Bolívia. “Eles [as autoridades bolivianas] querem fazer um levantamento de quantas cabeças existem na fronteira, para depois tomar”, diz Francisco Assis.


Os produtores querem que os deputados estaduais agendem um audiência com o governador Tião Viana (PT), para que seja feita a intervenção das autoridades do Acre na questão da vacinação do rebanho de brasileiros em terras bolivianas.


“O governo do Acre é responsável pela vacinação dos animais na faixa de fronteira há mais de 15 anos. Só queremos que continuem assim. Se não houver uma intervenção do governo, a contaminação do rebanho acreano será inevitável. Vamos retirar nossos animais da localidade e trazer para o Brasil, se não houver a vacinação é provável que haja a contaminação”, afirma o presidente da associação dos produtores, Francisco Assis.


Os produtores foram recebidos pelo deputado Walter Prado (PDT), que se comprometeu de levar o problema a tribuna na Aleac


Ray Melo, da redação de ac24horas – [email protected]


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