As administrações petistas que controlam o Acre há 12 anos e meio, sempre fazem campanhas de preservação do rio Acre, mas a verdadeira causa da degradação e poluição do principal manancial que abastece Rio Branco, não é combatida pelo Governo do Estado.
Todos os dias toneladas de esgoto são despejados nas águas do Rio Acre sem qualquer tipo de tratamento. A bolsa ribeirinho, no valor de R$ 100 é mais um engodo para a questão que se arrasta sem solução.
Só no centro de Rio Branco vários pontos onde o esgoto é despejado sem tratamento, são facilmente identificados. O esgoto doméstico, que em tese teria que ser tratado, é depositado in natura nas águas do Rio Acre.
Nem mesmo as estações de tratamento anunciadas pelas três administrações [Jorge e Jorge e Binho] petista funcionam. A reportagem visitou a ETE do bairro Conquista, que de acordo com os técnicos, estaria “totalmente entupida”, fora de funcionamento.
Segundo os engenheiros do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), se a estação estivesse em pleno funcionamento, atenderia 30 mil pessoas na capital do Acre. De acordo com os engenheiros, a ETE Conquista estaria passando por uma limpeza geral, para voltar a funcionar.
Outra unidade de tratamento de esgoto estaria em construção no bairro São Francisco. Depois de concluídos, os dois módulos na ETE atenderão 120 mil pessoas. As obras do PAC prevêem ainda, a construção da ETE Redenção que atenderá 40 mil pessoas.
A estação de tratamento do bairro Conquista, inaugurada em 2004, mas segundo funcionários que prestam serviços no local, funcionou apenas por cerca de seis meses. A amostra que a ETE não funciona pode ser vista no igarapé São Francisco, totalmente poluído pelos detritos da estação.
Mesmo que todas as estações de tratamento entrem em funcionamento em Rio Branco, atenderiam apenas 70% da população da capital que tem o privilégio de rede de esgoto.
Outra obra que é tida como o cartão postal do Acre, o Parque da Maternidade foi construído no governo Jorge Viana (PT), mas não conta com estação de tratamento de esgoto, levando os dejetos das residências de vários bairros de forma bruta para o rio Acre.
Nos últimos meses o deputado Eduardo Farias (PC do B), da base de sustentação do governo petista na Aleac, apresentou até projeto que prevê a comemoração do aniversário do rio Acre, mas não questionou porque a única estação de tratamento de esgoto não funciona. E nem cobra do governo do qual defende, uma solução para o problema. Para este políticos é mais fácil vender a mentira como verdade.
Geralmente no meio das discussões sobre a preservação do rio Acre, os políticos ligados ao Governo do Estado, creditam o problema a supostas devastação as margens do rio, passando a imagem que apenas os ribeirinhos seriam responsáveis pela degradação.
Com 6 mil quilômetros de extensão, o rio Acre nasce no Peru, passa por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Rio Branco e Porto Acre. Todas essas cidades, sem exceção, despejam o esgoto sem tratamento nas águas do rio que também serve para abastecer de água potável os municípios.
Além das cidades brasileiras, o rio recebe ainda, o esgoto de cidades bolivianas próximas a fronteira. A atividade repetida por décadas vem afetando diretamente a qualidade de vida da população e colaborando para a degradação do rio Acre.
ENGANAÇÃO INSTITUCIONAL
Num evento que reuniu todas as estrelas do PT, foi lançada a bolsa ribeirinho, que em troca pede a preservação do rio. O senador Jorge Viana (PT), que administrou o Estado por oito anos, deu como exemplo o que é feito em algumas cidades brasileiras. Mas nenhum bom exemplo do seu tempo. Ou do tempo do Binho.
Segundo o senador petista, a água que abastece Rio Branco teria que ser coletada depois dos locais onde é jogado o esgoto. Viana só esqueceu de especificar em qual dos centenas de pontos onde é despejado esgoto no rio Acre poderia ser feita a capitação. E nem porque não aplicou esta sua sugestão quando foi governador.
Todas as medidas aplicadas a preservação do rio Acre tem sido feitas de forma política. A devastação das matas ciliares e nascentes não é feita pelos ribeirinhos. Todas as ações são direcionadas a população que reside às margens do rio.
Na verdade os destruidores do rio Acre, são os administradores públicos que direcionam o dinheiro público para obras de urbanização. Eles mesmo, os políticos, afirmam nos bastidores que obras de saneamento “não rendem votos”.
Ray Melo, é jornalista de redação de ac24horas – raymelo.ac@gmail.com
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