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Polêmica: Padilha diz que inoperância da Funai tem ajuda direta do Governo do Acre

Por
Thais Farias

O coordenador Regional do CIMI, Lindomar Padilha, disse que há tempo a entidade tornou público a inoperância da Funai no Estado do Acre e no Sul do Amazônas. Ele declarou que há mais de doze anos que todos os processos de demarcações das terras indígenas no Ace estão parados.


– Vários tem sido os motivos apresentados para tal inoperância, mas nenhum é realmente plausível. No fundo o que há é uma falta de interesse dos gestores e falta de compromisso com os povos indígenas – comenta o coordenador.


Ainda segundo Padilha, ao todo existem dezessete terras sem nenhuma providência. Além disso, as atividades básicas não são realizadas nas aldeias. Não há, por parte da Funai, nenhuma fiscalização que vise a garantia das terras e dos povos indígenas.


Em levantamento realizado em 2009, o Cimi costatou que todas as terras indígenas sofriam com algum tipo de invasão, seja por caçadores, pescadores, madeireiros e até por “moradores” de assentamentos do Incra.


– Além dessa situação, o abandono nas áreas de saúde, educação e produção é gritante e qualquer um pode constatar – acrescentou.


Padilha cita que os cargos do auto escalão da instituição são “comumente indicados pelo governador”, inclusive o atual administrador e o coordenador da Funai no Acre. Para o CIMI, o órgão sofre ainda com a politicagem que se espalhou por todos os setores e até nas Aldeias.


– Não é raro encontrarmos indígenas que se declaram a serviço de partido “A” ou “B”. Se nas sedes dos municípios, especialmente em Rio Branco, a situação é caótica desse jeito, imaginem o abandono das aldeias nos municípios mais distantes como Santa Rosa do Purus, Marechau Thaumaturgo e Jordão – observa Padilha.


Padilha diz que em recente viagem ao Envira constatou in loco o total abandono das tribos da região.  Ele concluiu afirmando que “a inoperância da Funai torna-se criminosa quando deixa de assistir aos povos indígenas levando-os até a morte e, quase sempre, para que gestores tenham mantidos e ampliados seus privilégios”.


Jairo Carioca – da redação de ac24horas
jscarioca@globo.com


 


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Thais Farias

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