Há 15 anos o contexto comportava novas experiências políticas no Acre. Quem o PT lançasse estava eleito. Independente do nome. Era o auge, a chamada onda vermelha, que afogava a oposição. Agora é outro quadro. O PT tem que avaliar quem colocará para disputar a PMRB. Não pode mais lançar qualquer um. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.
É do ramo
Foi correta a posição dos dirigentes da FPA em chamar o governador Tião Viana para assumir a coordenação do processo de escolha, porque é do ramo e conhece os humores da política.
Cara de velório
Quando o nome do secretário de Educação, Daniel Zen, é citado como possível candidato à PMRB, os deputados da base do governo na Aleac, em peso, desabam numa cara de velório.
Discurso difícil
O deputado Astério Moreira (PRP), que defendia o nome do deputado Ney Amorim (PT) à PMRB, junto com outros colegas de fé, diziam ontem ser difícil vender Zen aos evangélicos.
Voz rouca
Astério diz que antes de anunciar o candidato o PT tem que ouvir a voz rouca das ruas.
Dedução lógica
Da nota oficial de ontem dizendo que a FPA terá nome único à PMRB, se deduz o seguinte: como a cabeça de chapa será do PT, a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB) está fora.
Furiosos
Os dirigentes do PV estavam ontem furiosos pelo fato de não terem mandado ninguém à reunião da FPA (a coluna registrou) e ainda assim o nome do PV apareceu no documento.
É candidato
A presidente Shirley Torres (PV) diz estar cansada de falar que o deputado federal Henrique Afonso (PV) disputará a eleição de prefeito da Capital, e já discute a data do lançamento.
Renovar ou morrer
O deputado Geraldo Pereira (PT) tem voz discordante no parlamento sobre a escolha do nome à PMRB: “o PT tem que preparar novos quadros, apostar no novo, não pode ser imediatista”.
Exemplo claro
Pereira citou o caso do PMDB, que não apostou na renovação, e tem hoje apenas o deputado federal Flaviano Melo como referência de liderança, no que o parlamentar está correto.
Sério candidato
O ex-vereador Wagner Galli, candidato do PP a prefeito de Brasiléia, na avaliação de quem mora no município, é um sério candidato a disputar a última colocação.
Sonhando alto
O deputado Jamil Asfury (DEM) voltou maravilhado e visionário do Canadá ao citar ontem a cidade canadense de Quebec, como exemplo de modernidade a ser seguida em Rio Branco.
Caviar e rapadura
Como projeção é válido o Jamil pensar no melhor para o Acre, mas, quando entra em comparações, é um disparate: é como comparar caviar russo beluga com buchada de bode.
A suíça é aqui
No contraponto, o deputado Moisés Diniz (PCdoB), não deixou por menos: transformou o Acre numa Suiça em termos de desenvolvimento, o melhor lugar do mundo para ser viver.
Não seria?
Não seria mais proveitoso a ambos discutir a problemática regional?
Bem impressionado
O deputado Walter Prado (PDT) diz ter ficado impressionado com a gestão do prefeito de Rodrigues Alves, o Burica: “deixou a cidade limpa, organizada e muito bem arrumada”.
Difícil de ser batido
Até políticos da oposição do Juruá dizem ser difícil derrotar o Burica no próximo ano, quando terá fechado dez quilometros de ruas asfaltadas, cobrindo toda a zona urbana do município.
Questão prioritária
E vai pesar também a seu favor a promessa da cúpula do PT de que vai centrar todos os esforços e jogar seu peso para a sua reeleição, fato que consideram como prioritário.
Sem proselitismo
Inexplicável a posição do deputado Werles Rocha (PSDB) ao defender a permanência de moradores do final da Rua 6 de Agosto em região insalubre e que alaga todos os anos.
Lógico e certo
O governo tem que remover mesmo as famílias de locais de risco, pagando um aluguel social em outras áreas até que sejam inseridas em programas habitacionais, é o lógico e o certo.
Vai um baseado?
Grave a denúncia de ontem do deputado Walter Prado (PDT), com base em relato da diretora do Newtel Maia, que a parada de ônibus em frente ao colégio virou uma boca de fumo.
Persona nom grata
O diretório municipal do PT, em Bujari, recusou solenemente a filiação do prefeito Padeiro (PMDB) e fechou as portas. É a velha história de que bolacha oferecida não tem valor.
Prazo fatal
O diretório do PMDB já avisou que se Padeiro não pedir desfiliação do partido até o fim do mês vai decretar a sua expulsão por infidelidade partidária.
Disputa equilabrada
Isac Lima (PT), Cleidson Lima (PMDB) e Luiz Helosman (PP) vão disputar a prefeitura de Mâncio Lima, numa briga que se prenuncia como muito equilibrada.
Não chamem
Não chamem o Tião Bocalon (PSDB) e o senador Sérgio Petecão (PMN) para comerem no mesmo prato um piranambu na brasa na “Praia do Caruta”, em Porto Acre. Alguém vai se engasgar com espinha. Bocalon não perdoa o Petecão pelo seu apoio ao Fernando Melo. A troca de farpas saiu dos bastidores para o público.
Por Luis Carlos Moreira Jorge
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