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Seminário sobre drogas chega à conclusão lógica: faltam políticas públicas de combate as drogas no Acre

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Aconteceu  na manhã desta segunda-feira, no plenário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o Seminário Nacional de Políticas Públicas de Combate às Drogas, promovido pela Comissão Especial destinada a promover estudos e proposições de políticas públicas e de projetos de lei destinados a combater e prevenir os efeitos das drogas.


O evento que foi marcado pela ausência dos demais deputados da bancada federal do Acre, teve como propositora da iniciativa, a deputada Perpétua Almeida (PC do B), e contou com a presença do presidente da comissão, deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) e o relator, Pastor Eurido (PSB-PE), e 13 deputados estaduais, além de entidades ligadas a questão das drogas.


O evento, que já percorreu 19 estados, segundo os deputados que integram a comissão, será a primeira fase dos trabalhos para transformar as audiências públicas em seminário internacional, que terá como objetivo discutir com os demais países, a problemática das drogas e seus efeitos nocivos nas comunidades de uma forma geral.

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O seminário, que seria para debater estratégias e estabelecer metas a serem cumpridas pelas diversas entidades que tem a incumbência de  tratar o problema das drogas como questão social, descambou para a discussão de emendas e dinheiro para as instituições, que de uma forma geral, são mantidas pelos governos federal e estadual.


Todas as entidades que estiveram representadas no seminário tiveram direito a se pronunciar e, na grande maioria dos casos o discurso repetitivo, com cada uma das instituições puxando a sardinha para seu braseiro, reivindicando emendas e mais recursos por parte do governo federal, que mantém ONGs e demais entidades com dinheiro público.


Os verdadeiros atingidos pelo problema das drogas, não estiveram representados, já que o evento aconteceu no plenário da Aleac, sendo restrito aos representantes das entidades que administram recursos públicos, para custear o combate e prevenção as drogas, e não teve divulgação pública junto às comunidades de Rio Branco.


Ficou evidente o caráter corporativo do seminário, já que cada um dos 40 gestores que debateram a questão das drogas com os deputados federais, são funcionários bem remunerados e administram generosas quantias. No caso da realização do seminário internacional, todos viajariam com diárias e passagens por conta do Estado.


FALTA DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Procurando saídas para seus discursos, os secretários de estado e diretores de instituições procuravam palavras para definir a inércia do poder público, diante a disseminação das drogas, nas comunidades de capital acreana e demais cidades do interior. Um dos gestores da administração Tião Viana, que falou claramente foi Dimas Sander.


O presidente do Instituto sócio educativo, Dimas Sander, foi enfático em suas afirmações e disse que a situação atual é motivada pela falta de políticas públicas e projetos do Estado, direcionados ao problema das drogas, admitindo que os quase 13 anos de administração da Frente Popular peca na questão de gestão de políticas antidrogas.


MAIS RECURSOS QUE ALGUMAS EMPRESAS
O deputado Carimbão, que segundo informações de sua assessoria, já teria sido vítima de seqüestro motivado por drogas, é proprietários de duas fazendas em seu estado, que trabalham na recuperação de dependentes químicos. As entidades recebem repasses do governo federal, e faturariam mais que fazendas que trabalham com pecuária.


O combate as drogas virou um grande mercado, com várias instituições e gestores recebendo repasses dos cofres públicos para promover a prevenção e recuperação de drogados. Muitas das instituições estariam movimentando mais recursos que algumas empresas de médio porte nas cidades brasileiras.


O QUE FICOU DEFINIDO
Depois de um demorado debate, que falou mais de recursos públicos, do que de medidas de combate e prevenção as drogas, ficou definido apenas que aconteceriam outras reuniões que definirão a instalação de um fórum permanente para discussão dos problemas das drogas, e possivelmente criando mais cargos de diretores e gestores, mantidos pelo Estado.


Ray Melo, da redação de ac24horas – [email protected]


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