Não bastasse a violência e a humilhação a que foi submetida na manhã deste sábado durante um assalto que evoluiu para um estupro, uma estudante de 23 anos, que a pedido da família não terá o nome divulgado, sentiu na pele a falta de estrutura e o descaso na área da Segurança Pública.
O assalto e o estupro
Por volta das 6:30 da manhã deste sábado, a estudante caminhava próximo a quadra do Conjunto Tucumã, quando foi abordada por um homem que armado com uma faca, anunciou um assalto. Imobilizada, a vítima foi obrigada a acompanhar o homem até um matagal próximo, onde foi violentada sexualmente pelo maníaco. A mulher, logo que foi liberada pelo tarado, gritou por socorro, e relatou para terceiros todas as características físicas do homem que a atacou.
Imediatamente familiares da estudante conseguiram identificar o estuprador, que segundo a família, seria um soldado do 7ºBEC. A ele, é atribuída a prática de outros três estupros registrados na região do Tucumã.
Descaso e humilhação na delegacia
Levada para Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher, a vítima registrou a queixa e foi orientada a seguir para o IML onde seria submetida ao exame de conjunção carnal, mas como a Delegacia não dispunha de viatura policial, ela teve que esperar por horas, até que a família conseguisse um transporte. No Instituto Médico Legal, o legista de plantão informou que não poderia realizar o procedimento porque estava sem assistente.
O descaso revoltou a família, que além da violência sofrida ainda teve que se deparar com essa situação.
“A gente fica ainda mais revoltado. A minha esposa foi violentada e quando a gente recorreu ao estado em busca de apoio, vemos de perto a realidade da nossa segurança pública. Alguém precisa ser responsabilizado por isso”, disse revoltado o esposo da vítima.
Somente no início da tarde deste sábado a mulher foi liberada do IML e encaminhada para a maternidade.
Jairo Barbosa – [email protected]