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Mais uma vez, Soldados da Borracha são convocados para ouvir discursos políticos

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Políticos que controlam entidades sindicais mobilizaram na manhã deste sábado, 10, no Ginásio do Sesi, os soldados da borracha, para um assembléia geral, que nada acrescentou a causa dos pensionistas que lutam pela equiparação salarial aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. Eles ganham dois salários mínimos e sonham com as promessas de uma aposentadoria de 7 salários mínimos, conforme lhes foi prometido na ultima campanha eleitoral.



A reunião, que teve como figura principal a pré-candidata a prefeitura de Rio Branco, Perpétua Almeida (PC do B), não trouxe novidades sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria da senadora Vanessa Grazziotin. Os soldados borracha e seus familiares foram convocados para participar de um tipo de comício fora de época, sem nenhuma proposta concreta, apenas reafirmação das velhas promessas.

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Em meio a discursos inflamados de Perpétua Almeida (PC do B), Taumaturgo Lima (PT) e Eduardo Farias (PC do B), que se orgulham de fazer parte da base de sustentação do governo Dilma, que negou o direito de décimo terceiro aos Soldados da Borracha, a voz de coerência foi do senador Sérgio Petecão (PSD), que disse que não estaria no evento para vender a ilusão que a proposta seria aprovada e colocada em prática.


“Não estou aqui para vender a ilusão de que essa proposta seja votada e colocada em prática em um breve espaço de tempo. A luta poderá se arrastar por alguns anos, só tenho medo que essas pessoas sejam mais uma vez usadas em campanhas políticas, por pessoas que quer apenas se promover sem levar em conta a expectativa dos idosos que chegaram a fazer contas, achando que este reajuste seria aprovado, de 2 para 7 salários minimos”, disse Petecão.


O intuito político da assembléia geral ficou evidente, quando os deputados federais afirmaram serem filhos de seringueiros. Taumaturgo Lima, que é advogado, afirmou que seu pai teria morrido no ano de 2010, esperando pelo benefício. Já a deputada Perpétua Almeida se posicionou ao lado do pai, na mesa das autoridades, lembrando sempre que ele também seria Soldado da Borracha e estaria lutando pelo benefício.


Desde o ano de 2002, que a questão dos Soldados da Borracha vem sendo discutida, com mais intensidade quando se aproximam as eleições. Antes do início da campanha eleitoral de 2010, os sindicalistas convocaram os Soldados da Borracha, para reafirmar que a eleição da deputada federal Perpétua Almeida seria a garantia de manutenção da luta pela pensão de sete salários mínimos para os pensionistas.


E neste Sábado, como em tantos outros, os velhos combatentes ou suas esposas e filhos, voltaram pra casa com a esperança de que o governo vai reconhecer seus feitos e brindar-lhes com uma pensão de 7 salários mínimos. E neste sonho muitos já morreram e outros morrerão sem a realização de um sonho que há anos mantém no poder políticos que deles só querem o voto.


Ray Melo, da redação de ac24horas – [email protected]


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