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“A quadrilha estava à vontade”, diz promotor que confirma a possibilidade de Delação

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“A quadrilha estava à vontade”, disse o promotor de Justiça Fernando Cembranel, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre, durante coletiva, ao falar sobre a 2ª fase da Operação Midas, deflagrada na manhã desta sexta-feira, que prendeu 18 pessoas, das quais nove eram funcionários da Emurb e outros nove empresários., que não tiveram seus nomes divulgados pelas autoridades.


A operação foi desencadeada em parceria com a Polícia Civil. Entre os presos está o ex-diretor-presidente do Órgão, Jackson Marinheiro, atualmente assessor do deputado federal César Messias (PSB). É a segunda vez que Jackson é preso no mesmo caso.


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O promotor de Justiça disse que a corrupção na Emurb estava “estava institucionalizada. Ficamos estarrecidos com a grande quantidade de pessoas envolvidas”.


As fraudes ocorriam na locação de máquinas e equipamentos e na compra de madeiras e cimento. Esses produtos eram pagos, “mas jamais entraram no estoque da Emurb”. Os desvios somam R$ 7 milhões. Os empresários presos, que agiam com o grupo, emitiam notas fiscais acima dos valores.


REPERCUSSÃO:
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“Os desvios pontuais para beneficiar um outro membro da organização eram registrados como se fossem o fornecimento de material utilizado na própria finalidade. Chegou a esse ponto.”


O grupo agia com tanta sincronia dentro da Emurb que até as informações solicitadas formalmente pelo Ministério Público seriam maquiadas no intuito de desviar o foco das investigações. “Há suspeita de que os documentos chegavam de forma maquiada”, diz Fernando Cembranel.


O promotor de Justiça Bernardo Albano informou que a nova gestão da Emurb colaborou com a operação. Uma nova fase da operação deve ser desencadeada. Os promotores confirmaram as investigações sobre a possível existência de funcionários fantasmas.


O grupo preso hoje deve responder pelos crimes de formação de quadrilha e peculato. O MP pediu a indisponibilidade dos bens dos presos. Eles terão que ressarcir os cofres públicos. Os integrantes do Gaeco também informaram que existe possibilidade de delação premiada.


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