Por 5 votos a 4, a reunião sobre o aumento da passagem de ônibus em Rio Branco foi suspensa por 48 horas. O Conselho Tarifário volta a se reunir na segunda-feira, às 14h, na sede do RBTrans, na Rodoviária da capital.
Votaram pela suspensão o DCE da Ufac, a UBES, a Umarb, a Assemurb e a Fecomércio. Já o Sindicol, a Fieac, o Sintpac e o Sindtaxi foram a favor da votação do aumento da passagem nesta sexta-feira.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes da Ufac, Richard Brilhante, comemorou a primeira vitória do movimento sobre os empresários.
“Nós vamos ter a responsabilidade de avaliar as planilhas, mas com certeza nós não vamos avaliar só o caráter técnico, mas também político. A conta não tem que ir só para o bolso só do contribuinte, tem que ir para o bolso do empresário também.”
O Sindicol pede um aumento de R$ 3 para R$ 4,08 e a elevação do valor da passagem estudantil de R$ 1 para R$ 2,04; A Fieac e a Prefeitura de Rio Branco apresentaram suas planilhas com aumento para R$ 3,80, além da passagem de estudante para R$ 1, 14. Mas com a possível isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e da Outorga concedida pela prefeitura do município a passagem estudantil ficaria em R$ 1,05.
“Da forma como tá acontecendo aqui corre o risco de os estudantes não terem mais a isenção. Eu coloquei isso no Conselho. Tem que haver uma responsabilidade não só com a tarifa cheia, mas também com o estudante. Lembrando que a prefeitura apresentou uma proposta: R$ 1,14, porque não existe a isenção de imposto. E se for aprovada a isenção nós podemos chegar a R$ 1,05. Dependendo do que acontecer na segunda-feira pode acontecer dessa tarifa não existir mais e as empresas entrarem na Justiça e ganharem seus R$ 4,08”, avaliou o diretor-presidente do RBTrans, Gabriel Forneck.
Reunião com polêmicas e protestos
A reunião do Conselho Tarifário para a votação do aumento da passagem de ônibus começou com polêmica depois que os vereadores Roberto Duarte (PMDB), Lene Petecão (PSD) e a até o líder do prefeito, Eduardo Farias ( PC do B), foram impedidos de entrar na sala onde ocorria a discussão, pelo próprio Conselho. Militantes que também tentaram acessar o local foram barrados.
Cartazes foram erguidos e afixados nas paredes de vidro da sala em protesto contra os empresários. A reunião durou mais de três horas.
As empresas vão entrar com mandado de segurança e judicializar o processo, vão pedir na justiça o direito do aumento no valor que eles propuseram, 4,08.