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Guerra entre facções deixa quase 150 jovens mortos neste ano; velório é bancado pela Prefeitura da capital

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A disputa entre as facções criminosas para comandar o território para tráfico de entorpecentes no Acre tem tirado a vida de muitos jovens. No segundo semestre deste ano, a população acreana tem assistido a cenas bárbaras de execuções, tentativa de invasão em presídios, liberação de presos para não serem mortos, incêndios a órgãos públicos entre outros episódios até, então, atípicos para um estado com apenas 816.687 habitantes.


Entre os meses de janeiro a novembro de 2016, dados da Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp) apontam que morreram 119 jovens entre 18 e 29 anos no estado. Em média, são mais de 10 mortes por mês. A maioria das mortes desses jovens tem ligação com o mundo do crime.


Como a maioria dos jovens assassinados também é de baixa renda, onde a família possui cadastro em programas sociais, todo o custo de velório e sepultamento é bancado pelo poder público. O valor chega, em média, R$ 1 mil.
Ainda segundo o levantamento da Sesp, foram registrados 60 casos de homicídios neste ano, entre jovens com 18 e 24 anos de idade e 59 vítimas com idades entre 25 e 29 anos foram mortas nos dez primeiros meses do ano.

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Um dos casos mais bárbaro ocorreu em outubro quando a polícia encontrou uma cabeça decapitada às margens da rua do bairro Eldorado. Recentemente dois jovens foram decapitados. Segundo os autores, os jovens haviam traído a facção. Toda a ação foi gravada e vídeos foram compartilhados nas redes sociais.


O judiciário acreano chegou a solicitar do Supremo Tribunal Federal (STF) 200 homens da Força Nacional para ajudar a combater o crime, porém, o pedido ainda não foi deferido pelo Ministério da Justiça.


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