Mais um golpe em massa de uma suposta pirâmide financeira em vários Estados do Brasil, inclusive no Acre se desenha. Trata-se da Milennium Prime, que se apresenta como uma empresa do setor atacadista, com predominância no ramo alimentício. No Acre, a tal empresa virou febre a exemplo da Telexfree.
Estima-se que o possível golpe gere prejuízo de mais de 12 milhões só no Acre, onde milhares de pessoas já se cadastraram na empresa. Não se sabe ao certo a quantidade de filiados. Alguns atos da Milennium vêm deixando seus filiados de orelha em pé. Um usuário que não quis ser identificado diz que a empresa não está fazendo os pagamentos prometidos. Ele explica como funciona o esquema. Os valores podem ser pagos entre 10 reais e mil reais. Todos os dias, conforme o contrato, a pessoa receberia diariamente valores proporcionais aos investimentos. Por exemplo: quem investiu mil reais, geraria 100 reais por 30 dias, ou seja, investe mil e ganha 3 mil, em 30 dias, mas o problema é que o dinheiro é virtual. Ainda não caiu na conta de ninguém.
No Facebook, o internauta Marcus Souza, que investiu na Milennium alerta para o golpe: “mais um golpe na praça: Millenium Prime. Não entrem. Dois meses sem pagar e o presidente ainda teve a desfaçatez de me excluir do chat. Não estou pedindo favor. É obrigação da empresa pagar seus afiliados”, diz.
Em um grupo WhatsApp de acreanos filiados à Milennium estão em pé de guerra com a empresa. Um dos integrantes sugere ao grupo que se una e leve o caso à Justiça. Segundo ele, os “presidentes” da Milennium estão tentando ganhar tempo para sair do país antes que suas contas sejam bloqueadas.
No Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, a empresa informa que tem sua sede localizada na cidade de Curitiba, no Paraná, e tem como responsável M. Verly da Silva, mas ninguém é encontrado no endereço informado, segundo os usuários.
Vários filiados se organizam para procurar o Ministério Publico e denunciar a empresa ainda esta semana. Foi a Promotoria de Defesa do Consumidor do MPE que há dois anos denunciou um suposto esquema de pirâmide financeira da Telexfree. A denúncia foi acatada à época pela juíza Thaís Borges, que cancelou as atividades da Telexfree no Brasil. Até hoje, o caso tramita no Judiciário.
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