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Emergência da Pronto Clínica é interditada e diretor acusa CRM de arbitrariedade

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Pronto Clinica


Em entrevista a reportagem do ac24horas, o diretor geral da Pronto Clínica de Rio Branco, médico Luiz Carlos Beiruth, atribuiu a interdição da unidade particular como uma ato arbitrário e político por parte do Conselho Federal de Medicina do Acre (CRM).

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Na última sexta-feira, 21, o Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM) determinou a imediata interdição somente nos serviços que envolvem atendimentos de urgência e emergência e exigiu ainda a manutenção diária de uma escala de médicos especialistas composta por um anestesista, ortopedista, cardiologista e pediatra. Os demais serviços oferecidos como consultas, exames, internações e cirurgias permanecem em pleno funcionamento.


A determinação, segundo o diretor da Pronto Clínica foge da realidade devido a carência de profissionais no Estado e ao alto custo que, a princípio, recairia somente sobre a administração da unidade.


“Não é possível cumprirmos a determinação da maneira que foi imposta. Não é segredo pra ninguém que enfrentamos uma carência de profissionais especialistas no Estado. Além desse problema, enfrentamos outro que é o alto custo pra manter uma escala médica diária desse porte. Estamos falando de algo em torno de R$ 30 mil por mês”.20150324173742


Beiruth relatou que a medida imposta pelo órgão esconde interesses políticos de um grupo de empresários ligados ao órgão.


“Existe um grupo de empresários da saúde que elegeu a atual diretoria. Essa diretoria eleita por influência deles é quem manda no CRM Acre. Digo isso porque sou membro do Conselho Titular do CRM e sei do que falo. Essa determinação é arbitraria, a diretoria desta unidade hospitalar sequer foi chamado para tratar sobre o assunto, nem sequer um comunicado recebi. Nas últimas plenárias fui até impedido de participar porque eles me excluíram das convocatórias. Isso explica bem o porquê da interdição somente desta unidade. E nas demais por que eles não fazem o mesmo?”, indagou.


Beiruth relatou que adotou medidas jurídicas para obter um prazo para o cumprimento da determinação em conjunto com as operadoras de planos de saúde.


“Já entramos na justiça contra essa arbitrariedade do Conselho. A Pronto Clínica possui total interesse em cumprir a determinação. Estamos entrando em entendimento com as operadoras de planos de saúde, a fim de cumprir a determinação e prestar a devida atenção aos nossos clientes. Acredito que até abril já possamos dar início ao processo de implantação das especialidades que forem possíveis oferecer para que possamos oferecer um atendimento satisfatório aos nossos pacientes. Quero ainda destacar que quando encaminhamos pacientes com plano de saúde para o Hospital de Urgência e Emergência (HUERB) todas as despesas são cobradas via SUS, ou seja, a conta vai direto para as operadoras de planos de saúde. A vida do paciente deve ser colocada em primeiro lugar, para onde irão esses pacientes, se não para o Huerb?”, concluiu.


Presidente do CRM nega arbitrariedades e diz que acusações são levianas

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O presidente do Conselho Regional de Medicina do Acre (CRM), Marcos Vinicios Yomura, negou qualquer ato de arbitrariedade. Ele explicou que a fiscalização que culminou com a proibição no atendimento de urgência e emergência foram executadas em três etapas, a primeira envolveu a notificação por escrito ocorrida em dezembro do ano passado. A segunda foi uma visita in loco em parceria com uma equipe do Ministério Público Estadual (MPE), ocorrida na última segunda-feira, 17, onde foi constatada a precariedade no atendimento a pacientes em situação de alta complexidade. A terceira etapa culminou na proibição oficial, por meio de determinação, protocolada na última sexta-feira (21).


Quanto as acusações envolvendo questões políticas, a declaração do gestor. “Estou há 17 meses à frente do CRM, não tenho qualquer interesse político, não sou dono de hospital. Minha especialização é a ortopedia. Alegar que a fiscalização esconde motivação política é no mínimo ser leviano e não admitir que existe uma deficiência no atendimento ofertado. A unidade em questão está bem aquém das demais unidades privadas como Unimed, Ameron, Urgil e Santa Juliana. Se compararmos, eles operam em condições muito melhor que a Pronto Clínica”, disparou Yomura.


O Conselho Regional de Medicina (CRM) afirmou ainda que possui a prorrogativa de fiscalizar os serviços oferecidos e que trabalha de acordo com calendário de atividade, mas que no caso da Pronto Clínica houve inúmeras formalizações de queixas e denúncias tanto por parte de pacientes e pela direção do Huerb, que segundo o representante, vem sofrendo sobrecarga no atendimento em virtude da falta de estrutura da unidade em questão. “Até um paciente que necessita de um simples radiografia, ultrassom ou tomografia necessita ser removido ao Huerb, isso tumultua o atendimento por lá. A suspensão permanecerá, por tempo indeterminado, até que se cumpra as normas e exigências minimas”, concluiu.

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