Tucano lembrou em entrevista que sanador petista teria dito que daria “um chacoalhão” para que oposicionista deixasse de ser mato-grossense e virasse acreano. Ele classificou atitude de Viana como “preconceituosa”.
O deputado federal Márcio Bittar (PSDB-AC), primeiro secretário da câmara em Brasília, foi entrevistado no Programa Gazeta Entrevista, comandado pelo jornalista Alan Rick, na noite desta quinta-feira, 31, e aproveitou o espaço para dar um recado duro ao senador Jorge Viana (PT), que recentemente afirmou que Bittar deveria deixar de ser mato-grossense e virasse acreano. O presidente do PSDB no Acre afirmou que o senador foi preconceituoso e xenofóbico.
No inicio da entrevista, perguntando por internautas como andava a sua relação com membros da oposição, haja vista que o governo e o PT os acusa de serem um “balaio de gatos”, Bittar retrucou:
– O governo não pode apontar o dedo para a oposição por estar vivendo um monte de problema na seara local, brigas intestinas, com varias candidaturas, enfim, se é difícil para o governo que tem a chave do cofre, para manter a unidade, imagina para nós que somos da oposição, – criticou.
Bittar destacou a relação respeitosa que tem com o senador Sergio Petecão (PSD), que é pré-candidato também ao governo do Acre pela oposição, lembrando que o PT é o seu verdadeiro opositor.
– Com relação ao senador Petecão, eu já disse várias vezes, ele tem uma idéia que mais de uma candidatura é melhor, eu não acho isso. Eu sempre achei que é melhor todos nós estarmos unidos, mas eu respeito a opinião dele e ele não será o meu opositor. Meu opositor é o PT, com quem eu tenho divergências, que não pessoais, são divergências politicas, de modo de enxergar a direção do Estado, – enfatizou.
Ainda na bate-papo com o apresentar Alan Rick, Márcio relevou que o prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, o autorizou a dizer que “a oposição pode até ser tida como balaio de gato, mas não é balaio de rato”, relembrado uma recente declaração do senador Jorge Viana na TV.
– O Vagner Sales me autorizou a dizer que a oposição pode até ser tida como balaio de gato, mas não é balaio de rato. Ser balaio de gato é melhor do que ser balaio de rato. Agora eu acho que o nosso senador da republica, a quem eu respeito, eu vejo o Jorge um cara trabalhador, dedicado ao Estado, não sou imbecil de negar que o governo dele trouxe coisas que o povo acreano reconhece, não seria eu que vou desconhecer, mas ele perde algumas oportunidades de continuar sendo grande. Porque uma afirmação como essa, honestamente, senador, lhe diminui. Na verdade o que ele tentou dizer é que ele tentou fazer preconceito comigo, tentou passar a imagem de como eu não nasci no Acre eu não posso ser governador. Até chegar ao ponto de dizer que “vou dar um chacoalhão no Márcio para ele ser mais acreano”, eu queria lhe dar um chacoalhão para lhe dizer: senador, abra mão da pensão de ex-governador, que o senhor recebe, já que o PT foi quem mais brigou contra isso, o dinheiro faz falta aos cofres do Acre. Quem ama o Acre economiza dinheiro do Estado. – criticou Bittar.
Alongando seu raciocínio sobre o assunto, o tucano se mostrou incomodado por, segundo ele, o senador Jorge Viana e o PT praticar o xenofobismo.
– O PT elegeu um governador vindo de São Paulo, o Binho Marques, que disse que o Acre era o melhor lugar do mundo para se viver na Amazônia. Terminou o mandato dele, foi embora daqui e passou uns 4 anos fora. Eles podem tudo. O prefeito de Rio Branco nasceu em São Paulo, e ai, vão voltar ao velho xenofobismo de sempre, preconceituoso. Lembrar que eu não nasci no Acre? Vamos comprar um medidor para ver quem ama mais o Acre, se sou eu, se é o Binho ou se é o Marcus Viana, então senador Jorge Viana, continue sendo grande, não seja pequeno, – finalizou o primeiro secretário da câmara.
