Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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Depois de cinco horas em audiência de instrução por prática de crime ambiental, o empresário Sérgio Nakamura, dono da empresa Ábaco, deixou a 2ª Vara do Fórum Criminal de Rio Branco, sem algemas. Às 8h20 da manhã desta terça-feira, o empresário chegou algemado e escoltado por policias no veículo conhecido como camburão, que faz o transporte de presos do sistema penitenciário do Acre. Na audiência, a pedido do advogado de defesa de Nakamura, Gumercindo Rodrigues, o Juiz Gilberto Matos dispensou o uso das algemas.
Nakamura é um dos 15 presos durante a Operação G-7 da Polícia Federal acusados de fraude em licitação e desvio de dinheiro público das obras do programa Ruas do Povo.
No caso ambiental, o empresário responde por omissão. O fato aconteceu em novembro de 2005, quando ele como diretor do Deracre deixou de fiscalizar a execução da obra urbanística do Parque do Tucumã, na lagoa de decantação do Universitário, local conhecido como Pinicão. Na época, durante obras no local, todo o dejeto da lagoa foi despejado no igarapé Dias Martins, sem autorização dos órgãos ambientais, o que levou o Ministério Público a denunciar o fato à Justiça.
Responde pelo mesmo crime, o arquiteto Eduardo Vieira, que era secretário de infraestrutura, obras públicas e habitação, naquele ano.
Vieira também compareceu para depor e na saída da audiência protagonizou uma cena hilária ao ficar na frente de Nakamura para atrapalhar as fotografias.
A assessoria do Juiz Gilberto Matos informou que houve apenas audiência de instrução e que o julgamento ainda não tem data marcada.