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Longe dos cargos da máquina pública, políticos de oposição iniciam revoada para Frente Popular

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Ray Melo,
da redação de ac24horas
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De olho na possibilidade de disputar a eleição de 2014 com a vantagem do poder econômico dos partidos da Frente Popular do Acre (FPA) e ávidos para ocupar cargos na máquina pública nas administrações petistas, alguns políticos de oposição no Acre iniciaram uma verdadeira revoada para as legendas de apoio do Partido dos Trabalhadores (PT).


Políticos como o deputado Chico Viga (PSD), que abandonou o PT por divergência com os poderosos articuladores políticos da legenda e a deputada Marileide Serafim (PSD), que resolveu exonerar de seu gabinete a irmã do senador Sérgio Petecão, presidente do PSD, já  integram a partir deste ano, a base de apoio de Sebastião Viana (PT).

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A mesma decisão deverá ser anunciada pelo candidato derrota a prefeitura de Sena Madureira, Mazinho Serafim (PMDB). O partido perdeu ainda, o ex-vereador Rodrigo Pinto, que anunciou em sites de relacionamento, que teria recebido um convite do governador Sebastião Viana (PT), para ser um dos soldados da cúpula petista do Acre. Eles já estão sendo chamado de “Os Traidores”.


As novas adesões à Frente Popular teriam como principal motivo, as duas derrotas consecutivas nas duas últimas eleições majoritárias, quando o bloco de oposição perdeu a disputa por diferença jamais pensada.Outro fator que estaria interferindo seria o oferecimento de cargos nas administrações estadual e municipal em Rio Branco.


Para lideranças da oposição, a cúpula petista usa o mesmo artifício das eleições municipais, quando candidatos derrotados de partidos de oposição foram cooptados com cargos no segundo e terceiro escalão da administração do prefeito Marcus Viana (PT), que já teria nomeado mais de 400 comissionados nos primeiros meses à frente do comando da capital.


O presidente do PRP, Júlio César, o Julinho, que perdeu dois deputados estaduais ao sair da Frente Popular celebrou uma nova aliança com o PT, depois de passar o período eleitoral de 2012 apoiando a candidatura de Tião Bocalom (PSDB) e alegar insistentemente que estaria sendo perseguido e desrespeitado pela cúpula petista.


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Os líderes de oposição acreditam que a revoada é previsível, já que algumas pessoas aderiram aos partidos de oposição, quando se vislumbrou a derrota da FPA, tendo que Tião Bocalom (PSDB) esteve próximo de derrotar Sebastião Viana, na disputa eleitoral de 2010. “Estas pessoas queriam apenas manter suas boquinhas”, diz Petecão.


“Você não perde o que você não tem. Se nós perdemos é porque eles nunca foram nossos. Está na oposição é uma luta de homem, de cara corajoso que tem personalidade e de pessoas que querem realmente mudar a política do Acre. Tem que ter calma e tranquilidade. Quem quiser ir que vá, mas vamos continuar na luta”, enfatiza Petecão.


A reportagem questionou o senador pela reclamação da falta de contemplação dos apoiadores da oposição na estrutura de gabinete dos mandatários oposicionistas. Petecão diz que sempre contribui com a manutenção do bloco e dispara: “comer filé até banguela come, quero ver é roer o osso. Vamos continuar roendo o osso na trincheira”.


O polêmico deputado Major Rocha (PSDB) também se posicionou sobre a revoada de políticos e partidos do bloco de oposição. “Infelizmente as pessoas têm necessidades que a oposição não poderia atender. Não temos obras para contemplar ninguém, nem temos os atraentes salários dos cargos, que são pagos com dinheiro do povo”, justifica o tucano.


Para Rocha, os novos apoios da FPA não seriam espontâneos, mas fazem parte de uma negociata para manter o poder nas mãos do PT a qualquer custo. “Na verdade não são adesões, são compras. A oposição não tem estrutura para trabalhar desta forma. Não compramos pessoas oferecemos a chance de liberdade desta ditadura”, destaca.


Nova eleição e os velhos problemas


Mas o esfacelamento da oposição não estaria restrito a saída de partidos e políticos. A antecipação do debate da escolha dos candidatos da chapa majoritária também estaria causando brigas e rachas. Márcio Bittar (PSDB) e Gladson Cameli (PP) ainda debatem para ver quem serão os candidatos ao Governo do Acre e a uma cadeira no Senado.

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Os tucanos e progressistas, que foram aliados na eleição municipal do ano passado podem trilhar caminhos diferentes em 2014. Bittar acredita que poderá esvaziar a candidatura de Sérgio Petecão ao Governo do Acre. O tucano estaria viabilizando o apoio peemedebista, entrando na seara do senador que tem a simpatia do PMDB, em nível nacional e local.


Novamente a oposição poderá pulverizar várias candidaturas. Sérgio Petecão, Márcio Bittar e Gladson Cameli não escondem a pretensão de disputar a cadeira ocupada por Sebastião Viana. Petecão diz que só abre mão se os demais postulantes provarem que suas candidaturas são melhores que a dele. Já Bittar e Cameli estariam trocando farpas nos bastidores.


Uma nova disputa se avizinha, com a oposição mantendo os velhos problemas de relacionamento, que poderá deixa a Frente Popular navegando em céu de brigadeiro na disputa eleitoral de 2014. As primeiras pedras foram movidas no tabuleiro e os Viana continuam mandando no jogo sucessório.


 


 


 


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