O governador Sebastião Viana (PT) e o prefeito de Rio Branco Marcus Viana (PT) anunciaram na manhã deste sábado, 19, durante entrevista coletiva na Casa Rosada, que este ano o Governo do Acre não irá promover o carnaval popular.
O carnaval que é realizado tradicionalmente no circuito Amadeu Babosa não será promovido este ano. Sebastião Viana usou como justificativa, a economia de gastos, o arrocho fiscal do Estado e informou que o dinheiro que seria investido na folia, será gasto em obras de infra estrutura e melhoramentos de bairros.
“É um ano atípico para todos os estados brasileiros. Um ano de crise, de reajuste orçamentário, por isso, decidimos não assumir esses grandes eventos, pois nossa prioridade é focar o trabalho no enfrentamento ao inverno, com as ações de limpeza nos bairros… Esperamos no próximo ano retormar com essa festa que é uma manifestação cultural do país. Pedimos a compreensão da população”, disse Sebastião.
O governado disse que “não é justo as pessoas estarem se divertindo enquanto há centenas de famílias sofrendo”. Ainda segundo Viana, casos as associações de moradores se organizem para promover a folia, o estado vai disponibilizar a logística para garantir a festa.
Para o prefeito Marcus Viana, o foco agora é garantir os investimentos básicos. “Nossos esforços estão voltados para o enfrentamento ao inverno, infelizmente, temos que sacrificar a realização do carnaval público e priorizar as ações nos bairros, na cidade, mas nada impede que a população faça sua festa, que mobilizem os blocos de rua, que brinquem e se divirtam”, disse.
Líderes da oposição questionam que o Governo do Acre perdeu o controle financeiro da situação do Estado e estaria tomando medidas emergenciais para tentar amenizar a crise em que o Acre mergulhou. Os oposicionistas dão como exemplo a realização do carnaval do ano passado.
Em 2012, mesmo com o Estado de Emergência decretado pela prefeitura de Rio Branco, milhares de famílias desabrigadas na capital e o comportamento dos rios do Acre que continuavam subindo, o governo manteve a festa. Apenas o horário dos bailes foi alterado, começando as 11 da noite e terminando as 3 da madrugada. A época o governador Sebastião Viana (PT) justificou a decisão como uma questão de segurança pública.