Ray Melo,
da redação de ac24horas,
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O prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT), não esperou o retorno do recesso parlamentar e convocou os vereadores para uma sessão extraordinária da Câmara Municipal, na quinta-feira, 10. Na pauta a apresentação de um projeto de criação de novos cargos na administração do município.
Seguindo o exemplo do governador Sebastião Viana (PT), o petista do interior apresentou o projeto em regime de “urgência urgentíssima”, não dando tempo aos vereadores reeleitos e estreantes para apreciar a matéria que cria as coordenadorias de mulheres, de juventude, indígena, defesa civil.
Além dos cargos das coordenadorias, o prefeito criou ainda, um escritório avançado na cidade de Rio Branco, que contará com dois cargos na nova estrutura da administração de Tarauacá. O projeto foi apresentado por Rodrigo Damasceno, como uma proposta de reestruturação administrativa.
O projeto do prefeito petista, que cria um verdadeiro “trem da alegria” suscitou polêmica entre os vereadores. Damasceno justificou a iniciativa afirmando que estaria apenas propondo a “regularização de alguns cargos que existem na prática, mas não estavam respaldados na legislação do município”.
O ponto de discordância dos parlamentares mirins seria a criação do escritório avançado na capital. Os vereadores de oposição, Roberto Freire do (PSD) e Mirabor Leite (PMDB), travaram um bate boca acirrado com os vereadores da base de sustentação de Rodrigo Damasceno.
Os oposicionistas alegavam que não tinha tempo hábil para apreciar o projeto, além de questionarem a legitimidade da votação da matéria. Alegando que o prefeito já teria apresentado os esclarecimentos, o presidente Manoel Monteiro (PCdoB) colocou o projeto em votação.
O projeto foi à votação. Os vereadores aprovaram a criação dos cargos por 8 votos favoráveis e 3 contrários. A matéria teve votos até de parlamentares de oposição. Rodrigo Damasceno, que estaria sendo orientado por um ex-assessor do ex-prefeito Vando Torquato passou pela primeira prova de fogo.
Ao estilo petista adotado pelas administrações capitaneadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), o estreante prefeito de Tarauacá apresentou um projeto em regime de urgência e conseguiu aprovar em menos de oito horas, que deu entrada no Poder Legislativo.