Luciano Tavares – da redação de ac24horas
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O governador Sebastião Viana (PT-AC) fecha o ano de 2012 com motivos de sobra para comemorar: consegui superar a crise financeira, venceu a batalha com a justiça e implantou a Cidade do Povo, executou o programa Ruas do Povo, manteve sob o seu domínio a Assembléia Legislativa e para provar a sua popularidade e prestigio junto a população elegeu o desconhecido Marcus Alexandre prefeito de Rio Branco, missão para muitos parecia impossível.
Com seus projetos e programas ele conseguiu melhorar a imagem de seu governo, elevando sua popularidade com índice de aceitação, segundo última pesquisa do Ibope de 72%, entre ótimo e bom.
Mas para alcançar tudo isso Sebastião não teve vida fácil. Dormiu pouco e trabalhou muito e logo nos primeiros dias deste ano que se finda se deparou com a maior cheia do rio Acre já registrada em Rio Branco, que desabrigou mais de 120 mil pessoas, em 15 diferentes bairros e na zona rural.
O caos também se estendeu ao interior e cidade como Brasiléia teve que ser reconstruída.
Apesar da destruição, a alagação não surtiu efeito negativo para Sebastião. Com a ajuda da sociedade, de políticos até da oposição, dos empresários e do governo federal, o governo do estado, apesar das suas limitações, fez a sua parte e ajudou de forma eficaz as famílias desabrigadas, com seu plano de contingência e de assistência para os desabrigados.
Após o período de cheia, no mês de março, Sebastião Viana anuncia a operação “de volta pra casa”, com a proposta de promover a limpeza nas ruas e nas casas atingidas pelas águas, garantindo aos alagados um melhor retorno para seus locais de origem.
E partir dai não parou mais de anunciar medidas animadoras.
O processo de industrialização, pregado por Sebastião Viana, ainda é uma incógnita, apesar dos vários anúncios de injeção de recursos e inclusão de pessoas. Se vão ou não dar certo os inúmeros projetos, com o passar dos anos, o tempo dirá.
O ousado projeto de piscicultura do atual governo, por exemplo, conseguiu um importante avanço com a vinda do ministro da pesca, Marcelo Carivela, que deixou no Acre R$ 20 milhões, que serão usados para melhorar o acesso do pequeno piscicultor.
No mesmo setor até agora, foram construídos 2.320 tanques de peixes para produtores.
Ainda no setor produtivo, na região do Juruá, o governo entregou 35 mil pés de coco e mais 600 mil mudas de açaí no Jurupari, em Feijó.
No setor dos pequenos negócios, o governo pretende atender até o final de 2014, 30 mil pessoas.
Na saúde, o governo encurtou as filas de cirurgias ortopédicas e dos olhos, além dos vários mutirões pelo interior e capital, que diminuíram as filas do TFD. E para 2013, Sebastião garante: “será o ano da saúde”.
No ano em que Sebastião Viana colocou pela primeira vez, depois de eleito governador, seu prestigio a prova nas urnas, durante as eleições municipais, ele acelerou a execução do Ruas do Povo.
Em Rodrigues Alves conseguiu durante o período eleitoral entregar todas as ruas asfaltadas. Porém não elegeu seu candidato que buscava a reeleição, o atual prefeito Burica, do PT, que só vai assumir o cargo em 1º janeiro porque o ex-prefeito Deda, que venceu as eleições foi considerado inelegível pela justiça eleitoral.
E apesar de todo esforço de Sebastião, das 16 prefeituras que disputou, o PT conseguiu eleger só quatro prefeitos. Em Tarauacá – Rodrigo Damasceno; Feijó – Merla Albuquerque; em Marechal Taumaturgo – Aldemir Lopes e, no Bujari – Tonheiro. Nas eleições passadas o PT conseguiu eleger 10 prefeitos.
Porém, a derrota no interior do Acre para a oposição foi compensada com a vitória de Marcus Alexandre na capital. E não há dúvidas de que o grande trunfo para a vitória petista foi o Ruas do Povo, que até o final deste mês chegou a 500 acessos em Rio Branco, apesar de sua questionada e questionável qualidade.
Sebastião Viana apostou todas as fichas no engenheiro civil, contra tudo e contra todos, tirando-o de 0%, no começo do ano, para 50,77%, um total de 90.557 votos, suficientes para eleger o petista nas eleições do segundo turno em Rio Branco.
Um trabalho durante um ano inteiro, que apesar de estar longe da perfeição, foi suficiente para gerar bons dividendos políticos.