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Juíza eleitoral aponta para possibilidade de fraude na pesquisa do IBOPE

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Maha Kouzi Manasfi afirma que IBOPE poderá ser ‘desacreditado’ até mesmo por aliados do PT


Os advogados do Instituto IBOPE não conseguiram convencer a Juíza Eleitoral da Primeira Zona, Maha Kouzi Manasfi e Manasfi,  de que todos os cenários da primeira pesquisa das Eleições 2012, em Rio Branco (AC), contratada pelo valor de R$ 36 mil pela TV Acre (Rede Globo) apontem para a total idoneidade da pesquisa.


Para a juíza, caso o IBOPE não modifique a metodologia utilizada na pesquisa que aponta o candidato do PT à frente de seus adversários, poderá ter “sua credibilidade desacreditada até por políticos da base aliada dos governantes do País”.

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Maha Kouzi diz que foi uma “infeliz coincidência” do IBOPE associar no questionário de pesquisa o programa Ruas do Povo –  que só existe no Acre – com item de calçamento de ruas e avenidas utilizado pelo instituto em outros lugares do País. A juíza entende como ponto “extremamente frágil enquanto fundamento idôneo”.


Ela também não acredita na possibilidade real do IBOPE preservar a identidade do entrevistado, o que abre a possibilidade de quebra do sigilo do voto.


Existe elo entre os três principais envolvido nessa pesquisa, e, que ainda não foi esclarecido. A mudança do fuso horário no Acre está diretamente ligada aos interesses da Rede Amazônica, Globo e TV Acre.


A mudança do horário foi orquestrada pelo PT do Acre e mesmo após dois anos da consulta democrática à população, o horário permanece o que interessa a emissora.


Segundo denuncia da Rede Record,  o dono do IBOPE se beneficiaria com a serviços que só poderiam ser realizados pelo poder público. No Acre, o Detran administrado pelo PT repassa, sem licitações, atividades para a mesma empresa privada que foi denunciada pela Record.


Leia parte do texto escrito pela Juíza:


“A outra foi a conclusão de que poderia haver uma vinculação entre o programa Ruas do Povo e o primeiro item – calçamento de ruas e avenidas. Ao que parece se trata de infeliz coincidência, pois o formulário, com idêntico teor, foi utilizado no País inteiro, e seria extremamente frágil mantê-lo enquanto fundamento idôneo.


À medida que num panorama de 5 (cinco) opções a favor a um só partido (no caso o PT) e um só para os demais, poderia revelar, se no caso concreto fosse comprovado, não só a potencialidade de induzimento, como também a própria fraude na pesquisa.


Outro ponto insuperável é o patente desvio de finalidade da pesquisa, consistente na total impertinência no tema Eleições Municipais de 2012 ser tratado cumulativamente aos itens da atual administração a ser sucedida e nos níveis estadual e presidencial, que não por acaso estão os políticos do Partido dos Trabalhadores – PT.


Eleições Municipais deverão ser tratadas isoladamente, até para não dar a impressão (como de fato deu) pela vicissitude da pesquisa cujos resultados poderiam carregar a pecha de não refletir a realidade, em face da coalizão de vários cenários externos. Nas próximas, quero crer, o IBOPE em Rio Branco, por livre espontânea vontade, deverá excluir tudo que não se trate de eleições municipais, logrando, a partir daí, sua credibilidade desacreditada até por políticos da base aliada dos governantes do País.


Se a atual administração municipal local, assim como o governo estadual ou a presidência pretenderem avaliar suas gestões, que contratem cada um a sua pesquisa. A carona nas pesquisas alheias, no Acre, não são bem-vindas.


Outro ponto que merece reflexão é a forma de controle a fim de preservar a identidade do entrevistado. Alega o IBOPE que há uma tarjeta adesiva que impede a identificação do entrevistado, preservando-lhe a identidade. Tá bom; é preciso assentar que há 70 anos o IBOPE faz pesquisas neste País.

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Ora, a impressão que tenho não é das melhores quanto à preservação da identidade do entrevistado, já que o método de controle pode (parece, na verdade!) ser falível e precisa ser melhor aperfeiçoado”.


Edmilson Alves, de Rio Branco (AC)
[email protected]


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