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O senador acriano Jorge Viana (PT) defendeu nesta segunda-feira (18) na conferência ambiental Rio+20 o manejo madeireiro implantado no Acre desde o seu primeiro mandato, iniciado em 1999, como governador do Acre. Para ele “não há possibilidade de conservar as florestas tropicais sem manejá-las”.
Contudo, um dossiê de 44 páginas titulado “O Acre que os mercadores da natureza escondem” produzido pelo Conselho Indigenista Missionário especialmente para a Cúpula dos Povos, evento que realiza-se paralelamente a Rio+20, questiona as ações de ‘majeno’ implantadas no estado e que recebem financiamento internacional.
O documento coloca o Acre, tendo como ponto de partida a morte de Chico Mendes, como pioneiro em uma espécie de “laboratório” de um suposto capitalismo verde, provavelmente elaborado a partir dos Estados Unidos.
“O tiro [que sofreu Chico] de largada para uma nova geração de grandes projetos na Amazônia, a corrida das ONGs ambientalistas pelos recursos da cooperação internacional que os financiava e pela apropriação do mito que havia se criado acerca da pessoa de Mendes no momento da sua morte”,diz trecho do dossiê.
Segundo a agência de notícias do estado, “o Acre foi um dos primeiros projetos que contou com o auxílio japonês através da ITTO (Organização Internacional de Madeiras)”. Para Manoel Sobral, presidente do ITTO na década de 1990, “Não existe desmatamento ilegal no Acre. O manejo florestal é perfeitamente sustentável como o Acre tem provado”. Mas, segundo o dossiê, parte da população acriana das áreas de manejo desconfiam do projeto. “Para mim eu considero plano de destruição. Eu prefiro que o incentivo seja dado para exploração da borracha“, teria relatado um morador acriano citado no texto do Conselho Indigenista Missionário.
Edmilson Alves, de Rio Branco-AC
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